Após um forte início de ano, com o bitcoin e outras moedas subindo quase 40% em janeiro, a cotação dos criptoativos voltou a recuar em fevereiro, após autoridades do mercado americano tomarem decisões desfavoráveis contra as corretoras Kraken, Binance e Paxos.
Assim, com o aperto regulatório sobre as criptos nos Estados Unidos, os investidores estão receosos sobre o que pode acontecer no país, o que acaba influenciando negativamente o mercado. Para entender melhor esta história, vem com a gente!
Autoridades americanas põem lupa sobre corretoras de criptoativos
2022 foi marcado por diversos problemas no mercado cripto, incluindo a quebra das empresas de empréstimos Celsius, Voyager e BlockFi. Em novembro, a situação ficou ainda pior, após a falência da FTX, segunda maior corretora de criptoativos do planeta à época.
Com todas estas questões, ficou claro que os reguladores iriam prestar mais atenção nas empresas de moedas digitais em 2023. Na semana passada, a Securities and Exchange Comission, ou SEC, órgão regulador do mercado americano, multou a corretora Kraken em US$ 30 milhões para encerrar as investigações sobre o seu programa de rendimentos com criptoativos.
Na visão da SEC, o programa de "staking", como era conhecido, configurava a oferta ilegal de valores mobiliários. Por esse motivo, o programa foi encerrado pela corretora, em um gesto que pode ser repetido por outras exchanges que oferecem serviços semelhantes.
Além disso, na segunda-feira, a Paxos decidiu encerrar a emissão de Busd, a stablecoin pareada ao dólar da corretora Binance. A decisão ocorreu após "orientação" do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, ou DSFNY.
Supostamente, a Paxos poderia ser processada pela SEC caso continuasse emitindo Busd para a Binance, conforme reportagem do portal Coindesk. Some-se isso ao fato de que a própria Binance está sendo investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA, segundo a Reuters.
Qual o caminho a ser seguido?
Provavelmente, as empresas de criptoativos —incluindo corretoras, mineradoras, plataformas de empréstimos e outras companhias— terão que melhorar as suas políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e de verificação dos dados dos consumidores nos Estados Unidos.
Por lá, ao contrário do Brasil, ainda não existe um marco regulatório dos criptoativos. Desta forma, as empresas de cripto ficam à mercê das decisões da SEC e de outras autoridades financeiras, já que não há clareza sobre o que pode ou não ser oferecido aos consumidores locais.
Enquanto a incerteza permanecer, é possível que bancos e outras companhias tradicionais deixem de oferecer cripto aos clientes. Ao mesmo tempo, as próprias empresas do setor não sabem como proceder. Recentemente, a Grayscale, que controla o maior fundo de bitcoin do mundo, processou a SEC devido à suposta falta de isonomia do órgão na aprovação e rejeição de ETFs de criptoativos.
Após a aprovação de uma "lei cripto", as empresas terão parâmetros claros para oferecer produtos e serviços com moedas digitais, o que pode beneficiar o mercado a longo prazo. Porém, por enquanto, é possível que outros casos como o da Paxos e da Kraken continuem ocorrendo e derrubem as cotações das criptos.
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