A Comissão de Valores Mobiliários, ou CVM, condenou na última terça-feira (4) duas empresas e os seus sócios por oferecerem, de forma irregular, um suposto fundo de investimentos em criptoativos que prometia ganhos de até 10% ao mês aos clientes.
O caso mostra que, apesar dos relatos de milhares de vítimas, nos últimos anos, muitos brasileiros continuam apostando suas economias em esquemas financeiros que podem resultar na perda total do patrimônio investido. Quer entender os riscos envolvidos nestas pirâmides? Vem com a gente!
Não existe retorno garantido em cripto
Não há garantia de lucros no investimento em criptoativos, da mesma maneira que ocorre com ações ou fundos de investimentos. Até mesmo no caso do staking, uma espécie de "aluguel de criptomoedas", os retornos não costumam passar dos 8% ao ano.
Na prática, criptos são ativos voláteis, cujo preço varia de acordo com uma série de fatores, como demanda, condições de mercado e pressão regulatória. Logo, é muito difícil —até mesmo para investidores experientes— prever cenários de preços para ativos digitais.
Por isso, os entusiastas de criptoativos devem passar longe de empresas que prometem retornos garantidos e elevados por meio de criptos. Vale lembrar que participantes sofisticados de mercado, como o fundo Three Arrows Capital, foram à falência recentemente, o que mostra a dificuldade de "garantir resultados" no setor.
Reduzir riscos é a melhor estratégia de investimentos
Da mesma maneira que ocorre com outros ativos, é importante reduzir riscos na hora de investir em bitcoin e outras criptomoedas. Logo, é importante ter algumas coisas em mente na hora de alocar recursos em cripto, como:
- Definir um percentual do portfólio para alocar em moedas digitais de acordo com o apetite de risco do investidor.
- Escolher ativos de acordo com a volatilidade que se deseja suportar; tokens de finanças descentralizadas, por exemplo, costumam ser mais voláteis do que bitcoin e ethereum.
- Para os mais conservadores, evitar ativos de setores especulativos ou que estão "na moda" sem grandes motivos, como memecoins e tokens de inteligência artificial.
- Utilizar corretoras renomadas e que possuem representação oficial no Brasil.
- Estudar sobre os criptoativos que se deseja investir, já que há muito material gratuito -- inclusive no UOL Economia-- sobre esse mercado.
- Definir limites toleráveis de prejuízo e lucro para evitar surpresas em momentos de grande volatilidade no mercado.
- Entender que fatores externos, como a política de juros do Banco Central americano, podem influenciar no seu investimento em criptos aqui no Brasil.
Ao levar esses fatores em consideração, o investidor toma a sua decisão mais informado e fica com menos chances de se frustrar no futuro.
Quer se aprofundar no universo dos criptoativos? Acompanhe os artigos do PagBank PagSeguro no UOL Economia!
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