Por que o Copom elevou a Selic a 14,25% ao ano, maior valor desde 2016?
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O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira (19) a elevação da taxa básica de juros (Taxa Selic) em um ponto percentual, alcançando o patamar de 14,25%. O objetivo do BC é frear o avanço da inflação, atualmente em 5,06%.
O Copom já anunciou que voltará a elevar taxa básica de juros na próxima reunião, ainda que de menor magnitude. A expectativa é que a Taxa Selic alcance 15% até o fim do ano. Na visão dos especialistas, esse ciclo de alta pode sim contribuir para a redução dos preços, mas também há consequências econômicas críticas para o país.
O Copom já anunciou que voltará a elevar taxa básica de juros na próxima reunião, ainda que de menor magnitude. A expectativa é que a Taxa Selic alcance 15% até o fim do ano. Na visão dos especialistas, esse ciclo de alta pode sim contribuir para a redução dos preços, mas também há consequências econômicas críticas para o país.
“Essa decisão encarece o crédito, reduz o consumo e pode desacelerar a economia no médio prazo, mas reforça o compromisso com a estabilidade de preços”, afirma Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
Com o crédito mais caro, as famílias tendem a comprar menos, diminuindo a atividade econômica. De igual modo, as empresas também terão mais dificuldades para novos investimentos.
“A taxa elevada pode desestimular o investimento produtivo e impactar o crescimento”, aponta o analista, alertando para o risco de um ciclo vicioso em que o aumento dos juros, embora necessário para controlar a inflação, possa prejudicar o desenvolvimento econômico. Além da inflação menor, os juros em alta também pode “ajudar o investidor”.
Para os investidores, a Selic alta pode significar oportunidades
Com a taxa de juros em patamares elevados, a renda fixa ganha atratividade. Fundos de investimentos qu pagam rendimentos indexados ao CDI; CDBs, LCIs e títulos públicos indexados à Selic conseguem remunerar melhor o investidor.
Outra opção interessante são os fundos de crédito privado, que alocam recursos em títulos de dívida emitidos por instituições financeiras, empresas e securitizadoras.
Dessa forma, esses papéis podem ser indexados ao CDI ou à inflação, com uma rentabilidade extra atrelada ao risco de crédito de cada operação.
"Como uma boa parte dos títulos é indexada ao CDI, e estamos vivendo um cenário de juros reais ex-post elevados, o retorno nominal dos títulos de crédito privado fica mais atrativo", destaca a AZ Quest em relatório.
Os ETFs (Exchange Traded Funds) também podem ser uma alternativa interessante nesse cenário. Negociados como ações na bolsa, eles oferecem diversificação e eficiência tributária. Entre os destaques está o LFTB11, um ETF da Investo composto majoritariamente por LFTs (Tesouro Selic).
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