IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

5 ações baratas da Bolsa para ajudar na sua renda de aposentadoria

MItchel Diniz

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/07/2021 04h00

Uma ação barata pode ser uma boa oportunidade para se investir em uma empresa com potencial de valorização na Bolsa. No longo prazo, as chances de ganhos são ainda maiores. Por isso, a Bolsa pode ser sim uma opção de investimento para a aposentadoria —embora não a única, segundo especialistas. Mas em quais empresas investir com esse foco?

A pedido do UOL Economia+, a plataforma de informações financeiras Economatica levantou as ações mais baratas da Bolsa. O cálculo foi feito a partir do preço do papel em relação ao patrimônio líquido da empresa. Com base nesse levantamento e no desempenho recente dessas companhias na Bolsa, analistas escolherem cinco ações baratas para investir pensando na aposentadoria. Confira abaixo quais são elas.

1. Sanepar (SAPR11): alto potencial de ganho

Os analistas ouvidos foram unânimes ao recomendar os papéis da companhia de saneamento do Paraná. As ações da empresa estão em 9º lugar entre as mais baratas da Bolsa hoje, segundo a Economatica. De acordo com os especialistas, com o novo marco regulatório do saneamento, que facilita o processo de privatização do setor, os papéis têm bastante potencial de ganho.

"Após a normalização dos efeitos adversos provocados pela pandemia e pela atual emergência hídrica do Paraná, esperamos que ocorra a recuperação dos volumes consumidos", afirma Paloma Brum, economista da Toro Investimentos.

Segundo ela, a companhia deve ser beneficiada por reajustes e revisões de tarifas ainda este ano.

"Com as mudanças em seu estatuto, os riscos da empresa hoje em dia são menores e com possíveis melhorias na governança corporativa", diz Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

A corretora tem ações da empresa em sua carteira de small caps, companhias que têm baixo valor de mercado e grande potencial de valorização.

2. Bradesco (BBDC3): digitalização deve trazer retornos

Para os analistas, essa é a chance de ter ações de um dos maiores bancos privados do país na carteira de investimentos de longo prazo. O Bradesco tem sido bem avaliado por fazer investimentos em novas linhas de negócio para competir com os bancos digitais.

"Os resultados obtidos pelo banco no primeiro trimestre de 2021 demonstram que a companhia vem apresentando recuperação. Destacamos que o controle dos gastos e a expansão para os meios digitais favorecem o desempenho futuro da instituição", diz Paloma Brum, da Toro Investimentos.

3. Telefônica Brasil (VIVT3): aposta em um setor essencial

Considerada uma boa pagadora de dividendos, a Telefônica Brasil, empresa da marca Vivo, faz parte de um setor estratégico e essencial, como mostrou a pandemia.

"Nos últimos trimestres, a empresa foi impactada por maiores despesas financeiras e custos de depreciação. Mas a receita líquida vem crescendo e sugere números melhores", diz Régis Chinchila, da Terra Investimentos.

A ação também foi recomendada pela economista da Toro Investimentos. Ela diz que a posição de caixa da empresa é confortável e permite que a companhia enfrente períodos difíceis no futuro sem grandes percalços.

"Acreditamos no potencial de valorização do ativo, em função da liderança exercida sobre a telefonia móvel no Brasil, da possibilidade do leilão da tecnologia 5G e dos contratos de compartilhamento assinados com a Tim", afirma Paloma Brum.

"Para o investidor de longo prazo, o setor de concessões públicas têm estabilidade de fluxo de caixa", diz Luiz Fernando Araújo, sócio da gestora Finacap e que também recomenda o papel.

4. Banco do Brasil (BBAS3): no foco da iniciativa privada

O segundo banco dessa lista cumpre com requisitos importantes para os analistas: tem dívida baixa, está em um setor estratégico e é comprometido com práticas ESG. O risco está no fato de ser uma estatal. O papel foi recomendado por Virgilio Lage, analista da Valor Investimentos.

"Se em algum momento privatizar ou tiver atuação do mercado privado em cima dele, a empresa ganha valor de mercado. Com o processo de digitalização do banco, a tendência é que as ações se valorizem no longo prazo", afirma Lage.

5. Gerdau Metalúrgica (GOAU4): nova estratégia tem sido lucrativa

Para Luiz Fernando Araujo, da Finacap, a siderúrgica retomou a lucratividade de uma época áurea para a empresa.

"A Gerdau sofreu bastante até 2016, acabou se endividando muito, mas fez uma reestruturação bastante forte focando em segmentos que são mais competitivos para o negócio", afirma o gestor.

Para Araújo, a empresa tem boas perspectivas e boa margem de segurança para o investidor de longo prazo.

Regis Chinchila, da Terra Investimentos, explica que a Gerdau tem melhorado as receitas. "A empresa tende a continuar se beneficiando com o aumento do aço, devendo mostrar bons resultados na divulgação do segundo trimestre de 2021.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.