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Bolsa, dólar, ouro, bitcoin: quem ganhou e quem perdeu em 2021

Paula Pacheco

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/12/2021 04h00

Como se saíram os investimentos no difícil ano de 2021? Veja a seguir análises sobre desempenho de apliçações como Bolsa, bitcoin, ouro e dólar.

O mercado de ações foi um dos exemplos dos dias difíceis para os investidores. O Índice Bovespa (Ibovespa) recuou 11,93% em 2021. Com isso, o Brasil teve um dos piores desempenhos, em dólar, na comparação com as principais Bolsas do mundo.

Comércio e construção sofrem na Bolsa

Entre os setores com piores performances na B3, estão o comércio e a construção civil. Os papéis do Magazine Luiza caíram cerca de 70% até a segunda semana de dezembro. A Via (ex-Via Varejo) saiu de uma cotação de R$ 16,23 no início de 2021 para R$ 5,25.

As companhias do setor de construção também sentiram a má fase do mercado, pressionadas pela desaceleração da economia e pelos juros altos, que se refletem no custo de financiamentos, , segundo Renato Breia, sócio-fundador da Nord Research.

Ouro fica quase parado

A cotação do ouro, que em 2020 valorizou 56%, em 2021 ficou quase parada (+1,27%). O ativo, diz Enzo Pacheco, analista da Empiricus, tem um perfil de proteção e, por isso, se beneficiou mais no ano passado, quando a pandemia começou e havia mais incertezas sobre os efeitos do vírus.

Quem aplicou na Bolsa perdeu dinheiro

Num momento tão delicado, as perdas generalizadas refletiram no patrimônio dos brasileiros, como mostra simulação feita por Ana Sofia Monteiro, assessora de Investimentos da Phi Investimentos. Quem colocou R$ 5.000 na Bolsa em janeiro, chegou ao início de dezembro com menos dinheiro: R$ 4.501,50.

"Quando o período todo é analisado, de janeiro até agora, vemos que não foi um ano tão positivo para as principais classes de ativos, a não ser para as principais criptomoedas e o dólar", diz Pacheco, da Empiricus.

Dólar teve ganho

Quem optou pelo dólar e iniciou o ano com R$ 5.000 acumulou no período R$ 5.331,50. A moeda americana subiu 8,42%. No ano passado, no entanto, a alta foi bem maior, de 29%.

Fundos internacionais lucraram

Os fundos internacionais multimercados e de ações em dólar, que acompanham a Bolsa americana, tiveram performance positiva em 2021, com retorno médio acima de 20% de janeiro a novembro —graças à valorização da moeda americana e à recuperação econômica mais acelerada nos EUA.

"Quem investiu fora do Brasil ganhou não só com os ativos de renda variável, mas também com o dólar. Ou seja, com a Bolsa americana e a moeda americana subindo, o investidor ganhou nas duas pontas", explica Breia, da Nord Research.

Renda fixa com IPCA+ foi bem

Segundo Wanessa Guimarães, CFP e sócia da HCI Invest, os ativos de renda fixa que remuneram com IPCA + e juros liquidados na data de vencimento também tiveram resultado diferenciado quando comparados aos fundos de renda fixa. A performance se deve ao movimento de alta do índice inflacionário. Hoje o resultado acumulado é de 9,26% (até novembro).

Confira abaixo o comportamento das principais classes de ativos:

Renda fixa

Produto/retorno em 2021 (%)*

  • Selic: 3,63
  • CDI: 3,63
  • Poupança: 5,64
  • IRF-M: -3,81
  • IMA-B: -1,49
  • IMA-B5: 3,75
  • IMA-B 5+: -6,23

Fonte: Nord Research/*até a primeira semana de dezembro/2021

Renda variável

Produto/retorno em 2021 (em %)*

  • IBovespa: -14,37
  • IBrX-50: -13,79
  • Índice Small Caps: -19,26
  • ICON: -26,09
  • IMOB: -35,30
  • IDIV: -7,89
  • IFIX: -10,16
  • IHFA: 1,25
  • Dólar: 8,42
  • Euro: 2,70
  • Ouro: 1,27
  • Bitcoin: 112,12

Fonte: Nord Research/*até a primeira semana de dezembro/2021

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