Dólar sobe 7,46% em 2021; Ibovespa cai quase 12% no ano
O dólar comercial despencou 2,06% hoje, e terminou o último pregão do ano cotado a R$ 5,576. Nos últimos 12 meses, porém, a moeda norte-americana acumulou ganhos de 7,46% ante ao real, no quinto ano consecutivo de valorização.
O Ibovespa teve alta de 0,69% hoje, e fechou o dia aos 104.822,44 pontos. Porém, no ano, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) caiu 11,93% — a primeira perda anual desde 2015.
O maior valor atingido pela moeda neste ano foi em 9 de março, quando foi cotada a R$ 5,797; o menor, em 24 de junho, quando fechou a R$ 4,905. A divisa só ficou abaixo dos R$ 5 em sete sessões neste ano, entre os dias 22 e 30 de junho. Já o índice bateu o recorde histórico, de 130.776,27 pontos em 7 de junho, e teve o ponto mais baixo do ano em 1º de dezembro, aos 100.774 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Resultados melhores que o esperado
Na cena local, com muitos operadores e investidores ausentes devido à aproximação do Ano Novo, os agentes do mercado em atividade nesta quinta-feira digeriam dados fiscais melhores do que o esperado.
O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 15,034 bilhões de reais em novembro, informou o Banco Central mais cedo, enquanto a dívida líquida do país ficou em 57,0% do PIB.
Em pesquisa Reuters, a expectativa era de superávit primário de 4,775 bilhões de reais no mês e relação dívida/PIB de 57,8%.
"No Brasil, os resultados fiscais correntes continuam melhores do que o esperado, mas projetamos uma deterioração no ano que vem com a economia perdendo força (o que afeta a arrecadação) e as despesas públicas acelerando no ano eleitoral", disse a XP em nota matinal.
Há entre investidores a percepção de que a pressão de servidores por reajustes salariais poderia levar a mais gastos da União em 2022, o que deterioraria ainda mais a confiança de investidores estrangeiros na austeridade do Brasil.
Depois de auditores da Receita Federal e fiscais agropecuários já terem iniciado mobilizações por salários mais altos, servidores das carreiras típicas de Estado decidiram na quarta-feira promover dias de paralisação das atividades em janeiro e avaliar a realização de uma greve geral em fevereiro.
A pressão dessas categorias vem depois de o governo já ter conseguido, por meio da PEC dos Precatórios, abrir espaço fiscal para gastar mais com ajuda financeira à população.
*Com Reuters
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