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Em vez de melhorar, piora: ação da Gol cai e demora para decolar

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/07/2022 13h10

Junho não foi bom para a Gol Linhas Aéreas Inteligentes e por isso as ações hoje estão em baixa. Por volta do meio dia, os papéis da companhia aérea enfrentavam queda de 4,12% caindo para R$ 8,38.

A companhia divulgou que seu lucro por passageiro, por quilômetro (revenue passenger kilometers ou "RPK") caiu 6% no sexto mês do ano em comparação com maio. Em outra métrica do setor, o total de assentos por quilômetros oferecidos foi 5% menor que no período anterior.

Normalmente, junho é melhor para empresas aéreas que maio. Mas em 2022 a Gol registrou seu resultado mais fraco desde 2019. "A companhia mostra uma piora na retomada do patamar pré-pandemia", destacou a casa de análises Eleven. Em maio e abril, a Gol havia registrado um nível de 77% de recuperação em relação ao nível anterior ao coronavírus. Mas em maio ficou com 70% do valor.

Ainda tem muito caminho pela frente antes de se recuperar totalmente. Os brasileiros deixaram de fazer cerca de 15,9 milhões de viagens nos dois anos de pandemia, segundo dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Turismo 2020-2021, divulgados nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cálculo considera como parâmetro o total de viagens feitas no ano anterior à pandemia, de 20,934 milhões de viagens. No ano de 2020, esse total despencou a 13,578 milhões, descendo ainda mais em 2021, para 12,337 milhões.

Agora, a taxa de ocupação dos aviões vem caindo em 2022 por conta do aumento no preço das passagens. Em um ano, elas subiram 123%, de acordo com o último Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

E o que fazer com as ações?

"Vemos o curto prazo um cenário desafiador para a Gol que precisa de uma mais escala para rentabilizar a operação", diz a Eleven, que mesmo assim recomenda compra da ação, com preço alvo de R$ 18. O BTG é mais otimista e fixou preço alvo em R$ 31. Para o banco, o "tráfego corporativo apresentou forte recuperação desde fevereiro, suportando o repasse de maiores custos para as tarifas".

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