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Por que a ação da Lojas Renner não cai como a do Magazine Luiza?

Lojas Renner ganha das rivais na Bolsa de valores - Divulgação
Lojas Renner ganha das rivais na Bolsa de valores Imagem: Divulgação

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/07/2022 12h52

As duas empresas são do mesmo setor: comércio. Mas uma já perdeu metade de valor de mercado este ano e outra valorizou 6,4%. Por que a crise de inflação e juros altos afeta tão diferentemente as ações da Magazine Luíza (MGLU3) e outras varejistas - e não faz tanto mal para Lojas Renner (LREN3)?

Hoje, por exemplo, até o meio-dia, a rede gaúcha de lojas de moda estava entre as cinco maiores altas do dia, com valorização de 1,41%, a R$ 24,52.

Qual a diferença? A explicação está no produto que as duas vendem. A Lojas Renner, embora tenha a Camicado, de produtos de casa e decoração, está mais concentrada em vestuário, que depende menos de crédito. Já as vendas do Magazine Luiza dependem mais de crédito, já que ela está concentrada em eletrodomésticos, diz Marcio Loréga, analista-chefe do PagBank.

O Magazine Luíza, no primeiro trimestre, fez 73% de suas vendas pelo crédito. Não é tão diferente das Lojas Renner, cuja parcela foi de 72%. O que separa as duas redes é que, enquanto Magalu divide compras em até 24 vezes, Lojas Renner faz no máximo em oito.

Pessoas estão comprando mais roupas Além disso, acontece uma recuperação de vendas para roupas e calçados. Muitos deixaram de comprar essas peças nos últimos anos e há uma demanda reprimida no setor de vestuário, diz a Terra Investimentos, em documento para investidores. A Lojas Renner também é dona da marca Youcom, que tem produtos mais caros, voltados para um consumidor menos afetado pela inflação. É a mesma coisa que acontece com o Grupo Soma (SOMA3), dona da grife Farm.

Renner pode crescer mais? Outro fator positivo para a Renner é que ela está mais preparada para fazer novas aquisições em um futuro próximo. Por isso, essa ação ganha valor, segundo Lórega.

Vale a pena comprar? Sim, diz a Terra Investimentos, que estipulou um preço alvo é de R$ 44 para os próximos 12 meses - uma valorização de 79,45%. O PagBank também recomenda compra, mas aposta num valor mais baixo: R$ 35,60, o que resultaria em alta de 45,19%.

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