iFood, Nubank e outras dizem que não são afetadas pela crise do SVB
Boatos de que diversas startups brasileiras teriam dinheiro no Silicon Valley Bank e poderiam ser afetadas pela quebra do banco começaram a circular nas redes sociais, como iFood e Nubank. Mas empresas dizem que não têm relação com o banco. Especialista em câmbio para startups diz que as empresas que tinham dinheiro no banco americano não foram afetadas.
O que aconteceu?
- Em meio ao rebuliço que o fechamento do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos provocou, uma lista de startups brasileiras supostamente afetadas circula no Twitter.
- Porém, não existe confirmação alguma de que elas teriam realmente tido prejuízo, diz presidente de empresa que opera com câmbio de startups.
- O Silicon Valley Bank quebrou na semana passada.
Startups brasileiras não estão expostas ao SVB
- Pelo menos 10 startups nacionais realmente tinham dinheiro no SBV. É o que diz Bernardo Brites, presidente da Trace Finance.
- A Trace opera com câmbio para startups brasileiras. Ela fazia a ponte entre essas pequenas empresas de tecnologia e inovação com o CapChase, que operava com o SVB. Brites não pode revelar os nome das startups que tinham dinheiro aplicado no SVB.
- Mas nenhuma delas, segundo Brites, havia aplicado mais de US$ 250 mil no banco. Esse valor é o que normalmente é coberto pelos órgãos reguladores americanos em caso de crise. Nesse caso, o Tesouro garantiu resgate de 100% dos depósitos dos clientes do SVB.
- "Essas listas que estão circulando são completamente falsas", diz ele.
- Uma das listas, inclusive, foi gerada pelo ChatGPT. A ferramenta de inteligência artificial, no entanto, tem conhecimento limitado de fatos que aconteceram depois de 2021. Portanto, a lista é falta.
Startups poderão resgatar o dinheiro sem prejuízo
- O Tesouro americano garantiu, no domingo, o resgate total do dinheiro a startups e clientes. O banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, anunciou que irá cobrir 100% dos depósitos dos clientes do SVB.
- O objetivo é proteger a economia do país. Isso porque a falência do SVB pode ter um efeito dominó sobre outros bancos regionais dos EUA e até para além deles.
- Elas terão o patrimônio devolvido, mesmo que tivessem mais dinheiro aplicado.
O que dizem as empresas
- O iFood disse que não tem nenhuma relação com o banco. "Logo após o anúncio, começaram a circular pelas redes sociais fake news sobre supostas ligações de algumas empresas com o Silicon Valley Bank, entre elas, o iFood. Diante da publicação dessas notícias falsas, o iFood esclarece que não possui conta nesse banco e não está sendo financeiramente impactado pela quebra dele", disse a empresa.
- O Nubank informou que não tem "qualquer exposição ao Silicon Valley Bank", nem nenhuma de suas subsidiárias, assim como o C6, o Pagbank ou o Inter.
- A Loggi esclareceu que, hoje, não tem nenhuma exposição ao Silicon Valley Bank (SVB) e que não é impactada pela situação atual da instituição. "Entre o final de fevereiro e o início de março, ao identificar o aumento do risco de insolvência do SVB, a Loggi moveu para outras instituições financeiras todo o capital que mantinha investido no banco. Assim, a empresa não foi impactada pelos eventos do fim de semana. A empresa reforça ainda que conta com outras relações bancárias nos Estados Unidos, país onde mantém uma pequena parte de seus recursos, o que garantiu a agilidade na movimentação. A maior parte do capital da Loggi segue alocada nas mais sólidas instituições financeiras do Brasil", disse, em nota.
- A Stone esclarece que não tem exposição ao Silicon Valley Bank. "Uma das subsidiárias do grupo StoneCo, que tinha exposição mínima, já recebeu a devolução do dinheiro aportado no banco."
- A Vindi, o Neon, a Vtex e a Creditas também afirmaram não ter nenhuma relação com o Silicon Valley Bank.
- O UOL entrou em contato com a QuintoAndar, Gympass, Quinteressa, Kovi e Ebanx e aguarda resposta.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.