Dólar vai se manter abaixo de R$ 5? Entenda a queda e o que esperar
O dólar está abaixo dos R$ 5, o que fez economistas reverem as previsões para o câmbio do ano. A inflação em queda, as exportações em alta e a volta do investimento estrangeiro estão fazendo o real se valorizar. Mas ainda há incertezas que podem levar o dólar a subir de novo.
Essa queda vai se manter?
O dólar fechou no dia 18 a R$ 4,976. Apesar da alta do dia, de 0,78%, a moeda já caiu 8,75% desde a máxima do ano, dia 3 de janeiro. Nesta quinta-feira, voltou a superar o patamar de R$ 5. Veja a cotação.
É difícil saber para onde vai o dólar. "Ainda é cedo para conseguir prever o quanto essa onda de baixa vai se prolongar", diz Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais.
Vai se manter baixo por meses. "Nos próximos dias e meses, vamos ver o dólar negociado nessa região, perto ou até abaixo dos R$ 5", diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.
Mas não chega até o fim do ano nesse patamar, avaliam especialistas. Ariane prevê que até o final de 2023, o dólar esteja cotado novamente em torno dos R$ 5,20.
Relatório do Banco Central reduziu estimativa para o câmbio, mas ainda está alta. No Relatório de Mercado Focus do Banco Central, a estimativa para o câmbio neste ano passou de R$ 5,25 para R$ 5,24. Para 2024, a mediana é de R$ 5,26, contra R$ 5,30 há um mês.
Conjunto de fatores fez o dólar cair. A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,65% em março - pela primeira vez abaixo de 5% desde janeiro de 2021. Isso pressiona os juros para baixo. Além disso, investidores estão mais confiantes com os controles de gastos do governo.
O que pode fazer o dólar subir
A inflação pode voltar. Em junho, entra em vigor a nova alíquota do ICMS sobre os combustíveis, tributo estadual que será igual em todas as unidades da federação e que passa a ser fixado em reais por litro. Além disso, no mês de julho, volta a ser cobrado o PIS/Cofins integral sobre gasolina e etanol hidratado.
Com combustíveis mais caros, a inflação aumenta e os juros não caem. Uma taxa de juros menor atrairia mais capital estrangeiro para a Bolsa de Valores e para as empresas brasileiras.
E o que pode fazer o dólar cair
A nova regra dos gastos do governo pode ajudar. É o que acredita Alexandre Viotto, diretor de serviços bancários da EQI Investimentos. O novo arcabouço fiscal vai para o Congresso nesta semana. A regra apresentada agradou o mercado.
Isso ajudou a trazer o investidor estrangeiro de volta ao Brasil. Nos 13 primeiros dias de abril, segundo levantamento da plataforma TradeMap, houve um saldo de investidores estrangeiros na Bolsa de Valores, quebrando uma sequência dois meses de saída de recursos.
"Nas últimas semanas, a gente vê o gringo montando posições no Brasil. Principalmente porque as ações na Bolsa estão com desconto", diz Lucas
Outro ponto que ajuda a manter o dólar em queda são as exportações. O Brasil é tradicionalmente exportador de matérias primas, as commodities, como petróleo, minérios, produtos agrícolas e carne. E o petróleo está mais caro por causa do corte de produção feito pela Opep.
A China, que está em processo de retomada econômica, pode ajudar as exportadoras.
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