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Como funcionam as contas Pagbank, Nuconta e Mercado Pago? Quanto rendem?

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Imagem: anyaberkut/iStock

Stephanie Tondo

Colaboração para o UOL

10/05/2023 04h00

Na hora de investir, é comum ter dúvidas sobre onde aplicar o dinheiro. Vale a pena deixar na poupança, em contas remuneradas, ou é melhor optar pelo Tesouro Selic?

O UOL simulou o rendimento para uma aplicação de R$ 1.000 após o período de um ano na poupança, Tesouro Selic e nas contas correntes do Pagbank, Nuconta e Mercado Pago, que rendem 100% do CDI.

Poupança

  • Rentabilidade anual: 0,5% por mês + TR, ou 6,17% ao ano + TR
  • Rendimento bruto: R$ 80
  • IR: não tem
  • Saldo após 1 ano: R$ 1.080

Tesouro Selic 2026

  • Rentabilidade anual: Selic + 0,1156%
  • Rendimento bruto: R$ 137
  • IR: R$ 24,11
  • Saldo após 1 ano: R$ 1.113,70

Contas digitais que rendem 100% do CDI

  • Rentabilidade anual: 100% do CDI
  • Rendimento bruto: R$ 136,50
  • IR: R$ 23,89
  • Saldo após 1 ano: R$ 1.112,61

As simulações foram feitas considerando o período de abril de 2023 a abril de 2024, com a projeção de Selic a 13,75% ao ano. As contas correntes do Pagbank, Nubank e Mercado Pago rendem 100% do CDI.

Como funcionam esses investimentos?

Com a Selic alta, a poupança remunera o investidor com 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial, que hoje está em aproximadamente 0,15%. Além disso, rende só a cada 30 dias. "A poupança tem um papel mais comportamental, de criar um hábito de guardar dinheiro. Mas na renda fixa vários instrumentos vão oferecer mais e com o mesmo grau de risco", afirma a economista-chefe da corretora Rico, Rachel de Sá.

O Tesouro Selic oferece a taxa básica de juros mais um percentual fixo. É uma das opções oferecidas pelo Tesouro Direto. Por isso, é a aplicação com maior rentabilidade. Rende todos os dias. Apesar de ter vencimento para 2026, o título possui liquidez diária e pode ser resgatado na data em que o investidor desejar.

O investidor encontra diversas opções de CDBs no mercado, com liquidez e rendimentos variados. Para Rachel de Sá, o ideal é optar por aqueles que paguem pelo menos 100% do CDI e que sejam de instituições financeiras confiáveis. Todos os CDBs são garantidos pelo FGC até o valor de R$ 250 mil, então o investidor está protegido, mas de qualquer forma o não pagamento pode ser estressante.

Diversos bancos digitais oferecem um rendimento ao dinheiro que fica parado na conta corrente. Os rendimentos são baseados na taxa DI, que equivale à Selic. É o caso de Pagbank, Nubank e Mercado Pago, por exemplo, que pagam 100% do CDI.

No Pagbank e Nubank, a remuneração só é paga para o saldo parado na conta por 30 dias. Isto é, se houver saque antes desse período, o valor sacado não terá sido corrigido pelos juros.

No Mercado Pago, o rendimento é diário.

Deixar o dinheiro na conta corrente vale a pena?

Se você pensa em rendimento, só vale deixar o dinheiro na conta corrente se não tiver intenção de movimentar os recursos durante o mês. É o caso de quem tem contas em mais de um banco e pode movimentar apenas uma delas, destinando a outra para essa "poupança", diz Rachel de Sá.

É vantajoso se a pessoa for deixar de fato o dinheiro por mais de 30 dias, porque senão não vai ter a remuneração. Hoje existem opções quase tão práticas quanto, se pensarmos no CDB ou em um fundo DI, que valem mais a pena até no sentido comportamental, de criar o hábito de guardar o dinheiro.
Rachel de Sá, economista-chefe da Rico

Cuidado se for usar esse dinheiro como reserva de emergência. O dinheiro nessas contas fica disponível de forma imediata. É preciso ter disciplina para não gastar no dia a dia.

Renda fixa tem risco?

O grau de risco dos investimentos de renda fixa é baixo, principalmente porque a maioria dessas aplicações oferece garantias. O Tesouro Direto é considerado a opção mais segura, pois é garantido pelo governo federal.

Investimentos como CDBs, poupança e Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA) estão protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que, se a instituição financeira onde o dinheiro está aplicado quebrar, o FGC cobre até R$ 250 mil por CPF.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.