21 mil empresas britânicas pediram falência entre março e abril, diz estudo
Milhares de empresas faliram no Reino Unido entre o início de março e meados de abril, em razão da paralisia econômica ligada ao confinamento para conter a propagação do coronavírus - revela um estudo publicado nesta segunda-feira (20).
De acordo com esta investigação, cerca de 21.200 empresas a mais foram à falência neste período em comparação com o ano passado. Isso representa um aumento de 70% em um ano.
A economia britânica "registra um aumento nos fechamentos de empresas e um déficit de novas inaugurações, devido a temores compreensíveis sobre o que o futuro reserva", disse o vice-diretor do Centro de Pesquisa sobre Empresas (ERC), Mark Hart.
Ao mesmo tempo, o número de novas empresas caiu 23%.
Esses números também devem ser lidos à luz de uma economia britânica já prejudicada "pelas incertezas ligadas ao Brexit", especifica o ERC.
O setor de transportes foi o que mais sofreu com a ausência, quase total, das viagens internacionais e com o confinamento no território.
Os setores imobiliário, atacadista e de informação são os outros mais afetados.
"O chanceler do Tesouro divulgou um importante pacote de apoio às empresas britânicas, mas sabemos que muitos estão com dificuldades para se beneficiar dele. Se essas dificuldades não forem resolvidas rapidamente, poderemos ter a continuação de um longo e lento declínio nas empresas privadas que fornecem milhões de empregos", e uma depressão econômica, em vez de uma curta recessão, alerta o estudo.
Entre as recentes falências, está a da companhia aérea Flybe, já com problemas antes da crise da COVID-19.
Já a Virgin Atlantic advertiu nesta segunda-feira (20) que pode não sobreviver sem um apoio substancial do governo.
No setor de restaurantes, outro fortemente atingido porque todos os estabelecimentos tiveram de suspender o atendimento ao público, a rede italiana Carluccio's fechou as portas.
ved/jbo/alb/mr/tt
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