Petróleo mantém recuperação, impulsionado pela fragilidade do dólar
Os preços do petróleo registraram o terceiro dia consecutivo de alta nesta segunda-feira (12), impulsionados por uma fragilidade do dólar e pela perspectiva de que não haja um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear.
Em Londres, o preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro subiu 1,24%, fechando a 94,00 dólares.
Enquanto isso, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para outubro subiu 1,14% a 87,78 dólares. O WTI alcançou, assim, seu nível de fechamento mais elevado em duas semanas.
"Os preços sobem à medida que o dólar perde força e que a perspectiva de um acordo sobre o programa nuclear iraniano se distancia", destacou em nota Edward Moya, da Oanda.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, admitiu nesta segunda que um acordo não ocorrerá "em um futuro próximo".
França, Alemanha e Reino Unido condenaram Teerã por "seguir a escalada de seu programa nuclear muito além do que se poderia justificar de forma plausível por razões civis".
O Irã, que assegura que seu programa nuclear tem objetivos civis, considerou que a declaração não era "construtiva".
Para Stephen Schork, analista e autor do Schork Report, a dinâmica atual no mercado de petróleo se deve, sobretudo, a fatores técnicos.
"Há duas semanas, o mercado se situou em alta; depois caiu muito na semana passada, e agora volta a um nível normal", resumiu.
Para o analista, a ameaça de uma nova redução das exportações russas de combustíveis, os confinamentos pela covid na China, que afeta a demanda de petróleo, ou a falta de avanços em um acordo com o Irã, já foram incorporados pelos operadores.
Segundo Schork, o petróleo permanecerá em uma faixa de 85 a 95 dólares o barril. "É a zona de conforto do mercado para os dois próximos meses", concluiu.
tu/mr/ad/mvv
© Agence France-Presse
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