Dell demite 5% de sua força de trabalho
A fabricante de computadores Dell anunciou hoje cerca de 6.500 demissões, o equivalente a 5% de sua força de trabalho total, após uma onda de cortes de empregos no setor de tecnologia dos Estados Unidos.
Medidas similares já foram tomadas pelas gigantes Microsoft, Meta — dona do Facebook —, Alphabet — matriz do Google —, Amazon e a rede social Twitter, enquanto a indústria se prepara para uma possível recessão.
As demissões chegam depois de uma grande onda de contratações durante a pandemia do coronavírus, quando as empresas buscaram atender quem precisava usar a Internet para trabalhar, estudar, ou se divertir.
Mas "as condições do mercado continuaram se deteriorando com um futuro incerto", afirmou o vice-presidente da Dell, Jeff Clarke, nesta segunda-feira.
"Os passos dados para antecipar os efeitos da desaceleração econômica - que permitiram vários trimestres fortes seguidos - não são mais suficientes", acrescentou.
Empresa com sede em Round Rock, no Texas (sul), a Dell tinha 133 mil funcionários no início do ano passado, quase um terço deles nos Estados Unidos.
A receita da Dell caiu 6% no terceiro trimestre do ano fiscal de 2023, de acordo com resultados divulgados no final de novembro. A venda de produtos como computadores, que é a maior parte do seu faturamento, caiu 10%.
Os diretores do grupo atribuíram esses resultados à menor demanda nos Estados Unidos e no restante do mundo, devido à inflação e às altas taxas de juros.
O site especializado Layoffs.fyi estimou que, sem contar a Dell, cerca de 88 mil funcionários do setor de tecnologia estavam desempregados em janeiro, em todo o mundo.
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