Títulos da dívida argentina caem após euforia com eleição de Macri
(Bloomberg) -- A Argentina conseguiu contornar uma crise de títulos do mercado emergente no fim do ano passado com base no otimismo de que o recém-eleito presidente Mauricio Macri acabaria com o isolamento do país.
Mas agora, a queda forte e cada vez mais profunda que está sacudindo os mercados internacionais está mostrando que é grande demais para ser ignorada pelos investidores.
Os títulos do país denominados em dólares perderam 3,9% neste mês, mais de três vezes a média nos mercados emergentes, segundo dados compilados pelo banco JPMorgan.
Os títulos de referência com vencimento em 2033 recuaram 4,1% em relação ao nível mais alto em nove anos registrado em 30 de dezembro e agora estão sendo negociados ao preço mais baixo desde que Macri foi eleito em 22 de novembro.
Embora Macri tenha cumprido as promessas de acabar com os controles cambiais e de começar a negociar com os credores insatisfeitos desde que tomou posse no mês passado, a turbulência nos mercados internacionais provocada pela queda dos preços das commodities deu uma reviravolta no plano de vender notas locais e intensificou a queda em títulos internacionais com os investidores abandonando ativos de risco.
A dívida externa da Argentina está classificada como Caa2 pela Moody's, oito níveis abaixo do grau de investimento. Para a S&P, a nota da dívida é SD, ou seja, calote seletivo.
"Houve uma forte aversão ao risco nos mercados emergentes e, embora a Argentina não tenha seguido outras tendências mundiais, ela não está imune", disse Joaquín Almeyra, trader de renda fixa da Bulltick. "Houve muito sofrimento na América Latina e esta era uma questão de contágio".
(Com colaboração de Rita Nazareth)
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