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Yuan atinge mínima em 22 meses, após relatório de câmbio dos EUA

Pequim

18/10/2018 09h39

A moeda chinesa, o yuan, atingiu mínima em 22 meses em relação ao dólar nesta quinta-feira (18), depois que o Tesouro dos EUA decidiu ontem não rotular a China como manipuladora de moeda em meio a uma crescente disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A divisa chinesa chegou a ser negociada a 6,9411 yuans por dólar no meio da manhã em Xangai, chegando o mais perto de romper a barreira simbolicamente relevante de 7 yuans desde dezembro de 2016. À tarde, o yuan se recuperou levemente.

O yuan, também conhecido como "renminbi", ou "dinheiro do povo", acumula desvalorização de quase 10% frente ao dólar desde abril, uma vez que o crescimento da China perdeu força e as taxas de juros americanas e chinesas tomaram direções opostas.

Isso tem ajudado exportadoras chinesas a lidar com tarifas de importação de até 25% impostas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, num conflito provocado pela política de Pequim para o setor de tecnologia.

Nos últimos meses, autoridades chinesas têm prometido evitar a prática da "desvalorização competitiva" para impulsionar exportações. A promessa foi repetida no fim de semana pelo presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Yi Gang, durante conferência financeira na Indonésia. Pequim, no entanto, ainda não disse o quanto poderá deixar o yuan cair como resultado das forças de mercado.

Em relatório bianual sobre câmbio divulgado ontem, o Tesouro americano afirmou que a China não atendeu critérios que poderiam levá-la a ser rotulada como manipuladora de moeda, uma condição que deixaria o país asiático sujeito a sanções. A entidade ressaltou, porém, que China, Japão e Alemanha estão numa lista de países cujas moedas serão monitoradas de perto. Fonte: Associated Press.