Atacadistas impulsionam alta de 7% na receita do comércio em 2017, diz IBGE
Os dados mostram indícios de recuperação econômica da atividade comercial, após o "contexto de incerteza, instabilidade institucional e retração econômica que atingiu a economia brasileira no biênio 2015/2016", avaliou o IBGE.
"Essa retomada do comércio pode estar relacionada à melhoria no consumo das famílias, possivelmente influenciada pela queda nos preços, refletida no menor nível do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desde 1998; à queda da taxa Selic (taxa básica de juros), que se reflete em melhores condições de crédito; bem como à política de liberação do saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em contas inativas, que aumentou o poder de compra de uma parcela significativa da população", explicou o IBGE, em nota oficial.
As empresas comerciais geraram R$ 583,7 bilhões de valor adicionado bruto no ano de 2017. O País tinha 1,5 milhão de empresas comerciais, englobando um total de 1,7 milhão de unidades locais, 1,8% a menos do que no ano anterior. Apesar da redução no total do comércio, o atacado cresceu, com 2,3% unidades locais a mais em 2017.
O comércio ocupou cerca de 10,2 milhões de trabalhadores, que receberam R$ 226,7 bilhões em salários e outras remunerações. Tanto o número de empregados (1,0%) quanto a massa salarial (2,1%) cresceram em relação a 2016.
A margem de comercialização - que corresponde à diferença entre a receita líquida de revenda e os custos das mercadorias revendidas - foi da ordem de R$ 765,1 bilhões no ano de 2017, sendo o segmento de comércio varejista responsável por 56,4% desse valor, o atacadista, por 36,0%, e o de veículos, por 7,6%.
A taxa de margem de comercialização - que indica o quanto determinado setor é capaz de definir sua receita líquida de vendas acima dos seus custos com aquisição de mercadorias para revenda e variação de estoques - foi de 39,1% no varejo, 23,3% no atacado e 21,9% no comércio de veículos e peças.
O ranking das atividades com maior taxa de margem permanece relativamente constante nos últimos 10 anos, liderado em 2017 pelo comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho (82,2%). A lanterna ficou com o comércio atacadista de combustíveis e lubrificantes (8,1%).
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