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Caixa sofre tentativa de invasão hacker às vésperas de liberação do FGTS

O ataque foi feito no banco de dados do Número de Identificação Social (NIS) - Diego Dantas/Caixa Notícias
O ataque foi feito no banco de dados do Número de Identificação Social (NIS) Imagem: Diego Dantas/Caixa Notícias

Camila Turtelli

Em Brasília

16/08/2019 07h02

A Caixa sofreu uma tentativa de invasão de hackers na noite da última quarta-feira, que obrigou o banco a tirar do ar o sistema que contém dados de beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, e de trabalhadores.

O ataque foi feito no banco de dados do Número de Identificação Social (NIS). De acordo com informações do site do próprio banco, devem ser cadastrados no NIS trabalhadores da iniciativa privada, beneficiários de programas sociais (o cadastro é feito pelo gestor do programa) e beneficiários de políticas públicas (o cadastro é feito pelos ministérios).

Ainda segundo o site, para os trabalhadores, esse número é usado para identificá-los no recolhimento e recebimento do FGTS, seguro-desemprego, abono salarial e também no ato da aposentadoria.

Procurada pelo Estadão/Broadcast, a Caixa confirmou ontem a tentativa de invasão. Em nota, o banco diz que "identificou, na noite de 14 de agosto de 2019, tentativa de acesso indevido ao sistema corporativo que possui informações cadastrais de cidadãos" e que tomou as medidas necessárias para "impedir a concretização de possíveis fraudes e garantir a segurança dos dados dos cidadãos". Segundo a Caixa, o ataque não atingiu o sistema que armazena informações do FGTS.

O Estadão/Broadcast apurou com fontes a par do assunto que o sistema foi derrubado ainda na noite de quarta-feira, na tentativa de conter a invasão. Até a noite de quinta, o sistema seguia fora do ar.

Em nota, a Caixa afirmou que utiliza as "melhores práticas" e ferramentas especializadas em segurança cibernética e atua constantemente na prevenção de eventuais ocorrências de fraudes. O banco diz ainda que realiza o monitoramento das operações e dos acessos aos sistemas que custodiam as informações dos seus clientes e dos cidadãos brasileiros que utilizam seus serviços.

FGTS

O governo anunciou no dia 27 de julho a liberação de R$ 42 bilhões do FGTS de contas ativas (dos contratos atuais) e inativas (de contratos anteriores), a partir do dia 13 de setembro, e do Fundo PIS-Pasep, já em 19 de agosto.

Os trabalhadores poderão sacar até R$ 500 de cada conta que possuírem no FGTS, ativa ou inativa. A partir de 2020, os trabalhadores poderão fazer saques anuais de suas contas no FGTS.

O valor do saque anual será um porcentual do saldo da conta do trabalhador. Os trabalhadores poderão fazer os saques inclusive em lotéricas, apenas com identidade, sem necessidade de cartão e senha, apenas com RG e CPF, desde que o valor seja inferior a R$ 100.

"É importante enfatizar que o cidadão deve manter seus dados cadastrais atualizados e que o Cartão do Cidadão e a senha são pessoais e intransferíveis, não devendo ser fornecidos para outra pessoa. O titular do cartão deve guardá-lo em local seguro e deve ser evitada a prática de se anotar senhas em papéis, especialmente aquelas que possibilitam transações financeiras", recomendou o banco, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O que é o FGTS, como funciona e quem pode sacar?

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