Fitch revisa projeção de queda do PIB global em 2020, de 4,6% para 4,4%
Alegando recuperação econômica mais rápida do que o esperado, a Fitch revisou para cima sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) global em 2020, de queda de 4,6% para contração de 4,4%. "A China já recuperou seu nível de PIB anterior à pandemia e as vendas no varejo de EUA, França e Reino Unido agora ultrapassam os níveis de fevereiro", lembra a agência de classificação de risco, em comunicado emitido hoje.
Por outro lado, a instituição não acredita em uma "recuperação em V" da economia global.
"Choques no desemprego estão à frente na Europa, as empresas estão cortando investimentos e o distanciamento social continua a restringir diretamente os gastos do setor privado", disse Brian Coulton, economista-chefe da Fitch.
De acordo com a agência de classificação de risco, o ritmo de reabertura econômica começa a desacelerar em todo o mundo.
"Com o coronavírus ainda não contido, distanciamento social e restrições ainda vão arrastar mais a atividade global", acrescenta Coulton.
EUA
A Fitch revisou, por sua vez, para cima sua projeção para o PIB dos Estados Unidos em 2020, de queda de 5,6% para contração de 4,6%.
Os EUA devem levar 18 meses, contando a partir do ponto mais baixo de atividade, registrado em abril, para retomar o nível do PIB do quatro trimestre de 2019, segundo cálculos da agência de classificação de risco. Isso porque o setor de transporte e lazer - que corresponde a 10% do PIB americano - ainda não passou pela recuperação vista na indústria e comércio varejista no país.
Zona do Euro
A Fitch ainda revisou para cima sua projeção para o PIB da zona do euro em 2020, de queda de 9% para contração de 8%. Além disso, reduziu sua estimativa para o tombo na atividade do Reino Unido, de -11,5% para -9%.
A zona do euro deve levar 30 meses, contando a partir do ponto mais baixo de atividade, registrado em abril, para retomar o nível do PIB do quarto trimestre de 2019, segundo cálculos da agência de classificação de risco.
"Esperamos que o desemprego aumente significativamente no segundo semestre na zona do euro e no Reino Unido, à medida que os subsídios ao emprego são reduzidos", aponta a Fitch, em nota.
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