Pior contração pós-guerra do Japão pode forçar novo premiê a ampliar estímulo
Por Leika Kihara e Daniel Leussink
TÓQUIO (Reuters) - A economia do Japão afundou ainda mais em sua pior contração pós-guerra no segundo trimestre uma vez que o coronavírus afetou as empresas mais do que inicialmente calculado, destacando a enorme tarefa que o novo primeiro-ministro enfrentará.
A terceira maior economia do mundo encolheu 28,1% entre abril e junho em dado anualizado, mais do que a leitura preliminar de uma contração de 27,8%, mostraram dados revisados do Produto Interno Bruto nesta terça-feira.
Os dados deixarão o novo primeiro-ministro, a ser eleito na disputa da liderança do partido governista em 14 de setembro, sob pressão para adotar medidas mais ousadas de suporte econômico.
O chefe de gabinete, Yoshihide Suga, que lidera a disputa para se tornar o próximo premiê, já sinalizou sua prontidão para aumentar os gastos se passar a liderar o país.
"O risco à frente é de que os efeitos das medidas adotadas até agora, como pagamentos a famílias, acabem", disse Koichi Fujishiro, economista do Instituto de Pesquisa da Vida Dai-ichi.
Até agora o governo adotou um pacote de medidas de estímulo de 2 trilhões de dólares, somando-se a um programa de afrouxamento monetário pelo banco central.
O principal culpado da revisão para baixo do PIB foi a queda de 4,7% nos gastos de capital, contra preliminar de recuo de 1,5%, sugerindo que a pandemia está afetando setores mais amplos da economia.
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