Especialistas veem limite para Petrobras adiar novos reajustes
O aumento do preço do petróleo traz mais um estresse para os dias que antecedem o segundo turno das eleições presidenciais, enquanto a Petrobras é pressionada pelo governo a segurar novos reajustes no mercado interno. Na avaliação de especialistas, se o barril da commodity ultrapassar os US$ 100, a defasagem em relação aos preços internacionais ficará insustentável e será inevitável uma nova alta da gasolina e do diesel.
A mudança de rota acontece em um momento sensível para o mercado de diesel, cuja projeção de déficit no País aumentou de 33 milhões para 115 milhões de litros no mês de outubro, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP). A entidade avalia, no entanto, que o mercado será abastecido com os estoques feitos pelas distribuidoras e pelas produtoras brasileiras, inclusive a Petrobras, que aumentaram os volumes armazenados após o alerta para um possível racionamento no País em pleno período eleitoral.
Na quarta-feira, 5, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou sua produção em 2 milhões de barris por dia, o que deve manter os preços sob pressão. Ontem, o barril do tipo Brent (referência para o Brasil) subiu 1,12% e chegou a US$ 94,42. De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, até o teto de US$ 95 o barril a Petrobras não teria razão para mexer nas suas tabelas, pois a diferença seria pequena em relação ao mercado internacional. Mas, se ultrapassar os US$ 100, será difícil justificar a manutenção dos preços.
Ele explica que, diferentemente do ocorrido no início do ano, quando os combustíveis tiveram de ser reajustados, o dólar está menos valorizado ante o real, e somente uma alta mais expressiva da commodity pressionaria a empresa a realizar novos aumentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.