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Focus mostra aumento marginal de crescimento do PIB em 2023, de 0,79% para 0,80%

Considerando apenas as 54 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 0,79% para 0,82%. - Getty Images/iStockphoto
Considerando apenas as 54 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 0,79% para 0,82%. Imagem: Getty Images/iStockphoto

Thaís Barcellos

em Brasília

30/01/2023 09h22

O Boletim Focus divulgado nesta manhã, mostrou aumento marginal no cenário de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023. A mediana para a alta do PIB em 2023 passou de 0,79% para 0,80%, mesmo porcentual de um mês antes.

Considerando apenas as 54 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 0,79% para 0,82%.

Apesar de não ter sido divulgado ainda, o PIB de 2022 não faz mais parte do Boletim. Para 2024, o Relatório Focus mostrou estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 1,50%, mesma projeção de um mês atrás.

Para 2025, a mediana cedeu marginalmente de 1,90% para 1,89%, repetindo a taxa de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que está em 2,00% há 46 semanas.

As projeções para a dívida pública e o déficit primário em 2023 continuaram a mostrar leve melhora no Boletim Focus após o anúncio das primeiras medidas econômicas para amenizar o rombo primário estimado para este ano.

Segundo a lei orçamentária aprovada, o déficit primário previsto para 2023 é de R$ 231,5 bilhões, mas a equipe econômica apresentou um conjunto de medidas com potencial de ajuste de R$ 242,68 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, porém, que trabalha com um rombo primário entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões em 2023.

No Relatório de Mercado Focus, a projeção de déficit primário passou de 1,11% para 1,10% do PIB na última semana, de 1,20% quatro semanas antes.

Em relação ao resultado nominal, porém, houve piora. A mediana deficitária passou de 8,35% para 8,45% do PIB este ano. Há um mês, a mediana era negativa em 8,60% do PIB.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa arrefeceu de 61,60% para 61,40% do PIB, de 61,95% há um mês.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para o superávit da balança comercial em 2023 no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.

A projeção superavitária variou de US$ 58,00 bilhões para US$ 57,60 bilhões, contra US$ 58,00 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana foi mantida em US$ 52,40 bilhões, de US$ 53,00 bilhões há quatro semanas.

Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, a mediana deficitária para 2023 continuou em US$ 46,00 bilhões, de US$ 47,10 bilhões um mês atrás.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de IDP (Investimento Direto no País) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes este ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas.