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Contratar ajuda financeira nem sempre vale a pena, alertam especialistas

Aiana Freitas

Do UOL, em São Paulo

01/07/2013 12h41

Contratar ajuda financeira pode parecer interessante para quem não consegue organizar suas contas, mas o alto custo do serviço pode acabar não compensando. Além disso, é preciso ter comprometimento para levar o trabalho adiante, alertam especialistas.

Atualmente é possível encontrar no mercado uma série de serviços que prometem melhorar as escolhas dos consumidores, como planejadores financeiros pessoais, os organizadores financeiros e os personal shoppers (compradores pessoais).

"Hoje, com a grande quantidade de informações que existem na internet, é mais simples fazer a administração do dinheiro", diz o economista Samy Dana, professor da FGV.

Para avaliar o benefício de uma contratação desse tipo, é interessante o consumidor comparar o valor da hora cobrada pelo profissional com o valor que ele mesmo ganha por hora trabalhada.  Caso o valor da hora que o consumidor recebe seja mais alto e ele não tenha tempo para estudar o mercado financeiro, o serviço pode ser interessante.

Para Vera Rita de Mello Ferreira, professora da Fipecafi e autora do livro "A cabeça do investidor", é preciso levar em conta ainda o aspecto emocional. "Algumas pessoas adoram mexer com as próprias finanças e têm tempo para isso. Se também tiverem uma relação boa com os próprios impulsos, elas podem dar conta desse trabalho sozinhas."

Nem todo mundo, porém, consegue deixar as emoções de fora nessas horas. Para quem compra por impulso ou investe influenciado pelos amigos, a contratação de um profissional pode ser a melhor saída.

Ao contratar esses serviços, além de procurar profissionais de confiança, que possuem certificados ou renome no mercado, é fundamental ter comprometimento.

"Não dá para entregar tudo para ele e se esquecer do assunto. É preciso estar empenhado e procurar fazer tudo o que for sugerido pelo profissional. Quem começa a frequentar a academia ou faz uma consultoria financeira e não se compromete está se enganando. É preciso comprometimento e mudança de hábitos", diz Vera Rita de Mello Ferreira..