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Agência de risco corta nota da OGX, de Eike, para nível pré-calote

Do UOL, em São Paulo

02/07/2013 16h24

A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou, nesta terça-feira (2), a nota de crédito da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, de "B-" para "CCC", num nível próximo ao de empresas em situação de calote. 

A decisão acontece num momento em que as empresas do bilionário enfrentam uma séria crise de confiança no mercado e grandes perdas na Bolsa de Valores. Mais cedo, a empresa de gestão de risco Kamakura listou a OGX a terceira empresa do mundo com maiores ameaças de calote aos credores. Vários bancos também reduziram sua expectativa de preço para a ação da OGX --o Deutsche Bank estimou que o papel vai valer R$ 0,10 no prazo de um ano.

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Momento conturbado para a OGX

Segundo a S&P, o rebaixamento deve-se principalmente ao anúncio feito pela OGX na segunda-feira de redução nos planos de desenvolvimento da produção. Segundo a petroleira, os três poços no campo de Tubarão Azul podem cessar a produção em 2014, devido à falta de tecnologia disponível.

Além disso, a OGX cancelou encomendas para novas plataformas de petróleo, e não irá desenvolver os campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Areia Tubarão, todos na bacia de Campos.

"Esperamos que a OGX precise de financiamento externo adicional para amortecer a falta de caixa no fim de 2013 e começo de 2014", segundo a agência de risco.

(Com Reuters)