Parmalat aposta na nostalgia e volta ao mercado com campanha dos mamíferos
Quem não se lembra do clássico jingle "O elefante é fã de Parmalat…"? Foi apostando na nostalgia que a Parmalat preparou seu retorno ao mercado brasileiro, ressuscitando a "campanha dos mamíferos".
A campanha original tinha sido um sucesso na década de 1990. Desta vez, foram incluídos mamíferos de espécies típicas do Brasil, como o bicho-preguiça, o lobo-guará, o tamanduá, o tatu e a jaguatirica.
A campanha também vai incluir o “Mamificator”, um aplicativo em que o usuário poderá inserir a imagem de seu rosto no de um dos mamíferos, tanto em foto como em vídeo.
O dispositivo será lançado nos próximos dias na fanpage da marca, segundo a BETC, agência de propaganda responsável por este retorno da Parmalat.
Nas redes sociais, a Parmalat ainda afirma que está estudando retomar a ação de trocar embalagens de leite pelos bichos de pelúcia da coleção. Isso ajudou a transformar os “mamíferos” em fenômeno na década de 1990.
Do ponto de vista do negócio, a comunicação é uma prioridade da marca, tanto quanto a produção e a distribuição.
“Esta nova fase é desafiadora, pois a Parmalat deixou o posto de líder de mercado há um longo período e nossa estratégia é retomar esta colocação a médio e longo prazo”, comenta Patrick Sauvageot, presidente da Parmalat no Brasil.
Volta ao mercado
Em 2003, a Parmalat do Brasil passou por um grave crise financeira após a revelação de um escândalo contábil de bilhões de euros pela matriz italiana. No começo de 2004, a empresa pediu concordata (atual recuperação judicial).
A Parmalat do Brasil foi comprada pela empresa de investimentos Laep, em consórcio com a Perdigão, em 2006. Veio nova crise, e a Laep entrou com pedido de recuperação judicial e foi, posteriormente, liquidada.
Em 2013, a Laep perdeu os direitos de produção da Parmalat, que passaram à LBR (Lácteos Brasil) --no entanto, a Laep ainda tem vínculos com a marca, pois é acionista indireta na LBR, sem poder de decisão.
Então, também em crise, foi a vez da LBR pedir recuperação judicial. A LBR foi adquirida pelo grupo francês Lactalis.
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