Prévia da inflação é a maior para outubro desde 2002; em 1 ano, vai a 9,77%
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação, mostrou aumento de preços de 0,66% entre o final de setembro e o começo de outubro. Foi a maior alta para um mês de outubro desde 2002 –quando o índice estava em 0,9%.
Isso significa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o indicador tinha registrado alta de 0,39% nos preços. Em outubro de 2014, o IPCA-15 tinha sido de 0,48%.
No acumulado em 12 meses, a inflação fica em 9,77%. A alta acumulada no período foi a mais elevada desde dezembro de 2003 (9,86%).
O objetivo do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a inflação pode variar entre 2,5% e 6,5%.
No acumulado do ano, a alta foi de 8,49%. Foi a maior alta acumulada entre os meses de janeiro a outubro desde 2003 (9,17%). Em 2014, o acumulado no mesmo período estava em 5,23%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (21).
Botijão de gás e gasolina pesaram
A alta no indicador voltou a acelerar em outubro após três meses de desaceleração, devido principalmente ao reajuste de gás de botijão, de 10,22% após alta de 5,34% no mês anterior, como reflexo do aumento de 15% nas refinarias autorizado pela Petrobras.
Pesou ainda o aumento nos preços da gasolina, de 6% nas refinarias e resultou em alta nas bombas de 1,70% do combustível.
Metodologia
O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com Reuters)
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