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Bancários entram em greve em todo o país; veja como pagar suas contas

Dario Oliveira/ Código19/ Estadão Conteúdo
Imagem: Dario Oliveira/ Código19/ Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

06/09/2016 13h53

Os bancários recusaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelos bancos e entraram em greve, por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (6). Mesmo que os bancos fechem, o consumidor tem de pagar as contas em dia (veja orientações mais abaixo).

A greve atinge bancos públicos e privados em todo o país. Procurada, a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), entidade ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), informou que ainda não tem o número total de agências fechadas. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou que não divulga esse tipo de balanço.

De acordo com o Banco Central, o país tem 23.126 agências.

Greve paralisa 25% dos bancários em SP

Na região metropolitana de São Paulo, cerca de 35 mil bancários cruzaram os braços nesta terça-feira, afirmou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Distribuídos em 16 centros administrativos e 664 agências, essa parcela representa cerca de um quarto dos 142 mil profissionais do setor, de acordo com o sindicato.

Bancários pedem 15% de reajuste

As reivindicações incluem reajuste salarial, sendo 5% de aumento real, além da reposição da inflação; antecipação e reajuste na participação dos lucros; aumento do piso salarial; aumento do vale-alimentação; melhores condições de trabalho e plano de carreira.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, Lourenço Prado, a proposta apresentada pelos bancos está abaixo da inflação do período, que é de 9,57%. "Nossa reivindicação é de pelo menos 15% de reajuste salarial. O que eles oferecem é 2,8% abaixo da inflação do período", disse.

A proposta da Fenaban, rejeitada pela categoria, é de reajuste de 6,5% (para uma inflação de 9,57%) e abono de R$ 3.000, que não incide sobre os salários, nem sobre o FGTS, as férias ou o 13º salário. Inclui, ainda, participação nos lucros e aumento no vale alimentação (que passará a R$ 523,48 mensais) e no vale refeição (que alcançará R$ 694,54 mensais).

"Estes e outros benefícios pagos aos bancários estão entre os mais altos do mercado", afirma a Fenaban.

Uma próxima assembleia dos bancários deve acontecer na segunda-feira (12).

Consumidor tem que pagar suas contas

A greve dos bancos não tira do consumidor a obrigação de pagar as contas em dia, alerta a Proteste Associação de Consumidores. A entidade orienta os consumidores a utilizar meios alternativos para quitar seus compromissos.

As opções incluem caixas eletrônicos, internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são as casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

Para evitar multas, o consumidor deve ficar atento aos prazos de vencimento das contas. Se o cliente não tiver acesso ou não souber usar as opções acima, a Proteste sugere entrar em contato com a empresa credora para negociar uma nova data do vencimento.

Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) poderão retirar, como de costume, o dinheiro nos caixas eletrônicos. Já os aposentados e pensionistas que recebem pela Caixa Econômica Federal só poderão retirar o benefício nas casas lotéricas, diz a entidade. 

Veja algumas opções de atendimento e serviços oferecidos: 

Caixas eletrônicos: depósitos, pagamentos, saques, transferências, retiradas de talão de cheques, bloqueio/ desbloqueio de cartão, recarga de celulares, consulta de saldo/extrato, saques de benefícios sociais. 

Internet banking e telefone: consultas, pagamentos, solicitação/desbloqueio de cheques, empréstimos entre outros.

• Convênios com estabelecimentos comerciais: alguns bancos têm convênios com lotéricas (Caixa Econômica Federal), Correios (Banco do Brasil), supermercados Extra, Compre Bem, Pão de Açúcar e Barateiro (Banco do Brasil), e algumas lojas de departamento e drogarias, onde se pode pagar contas de consumo (água, telefone, energia elétrica, gás, etc.), entre outros serviços. O consumidor pode se dirigir a esses estabelecimentos e consultar quais os serviços disponibilizados no local.

Débitos automáticos: os débitos em conta corrente (débitos automáticos) são de responsabilidade exclusiva dos bancos, devendo ser efetuados regularmente, desde que haja saldo na conta.

Conta-salário: só recebe créditos da empresa ou fonte pagadora e não pode ser utilizada para débitos decorrentes da quitação de contas de consumo, títulos, boletos bancários, impostos e taxas. Segundo a Proteste, as pessoas não podem ser impedidas de ter acesso ao seu salário, que tem, por lei, caráter alimentar.

• Cobranças pré-agendadas e não efetuadas: nesses casos, os consumidores têm direito a pedir ressarcimento por perdas e danos sofridos e comprovados. O banco tem que arcar com os prejuízos, de acordo com a entidade. 

A Proteste lembra que o consumidor está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor para responsabilizar o estabelecimento, caso seja penalizado com cobrança de multa e juros se não tiver, de forma alguma, como fazer o pagamento em consequência da greve.

Nesse caso, o cliente deve formalizar a reclamação por meio de uma carta ao banco, aos cuidados do gerente, relatando os fatos e pedindo as providências cabíveis. Além disso, acrescenta a entidade, o consumidor poderá registrar uma queixa no Banco Central e procurar os órgãos de defesa do consumidor.

(Com Agência Brasil) 

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