'Prévia' do PIB sobe 0,2% em novembro, mas acumula queda de 4,76% em um ano
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,2% em novembro na comparação com o mês anterior, informou o BC nesta sexta-feira (13).
Em outubro, o IBC-Br havia caído 0,48%.
A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os períodos analisados.
Sem descontar as diferenças sazonais, houve alta de 0,31% em novembro.
Na comparação com novembro de 2015, o indicador registrou tombo de 2,02% sem o ajuste sazonal, porque considera períodos iguais. Com ajuste, a queda foi de 2,08%.
No acumulado de 12 meses, a atividade econômica encolheu 4,76%. Descontando as diferenças sazonais, o encolhimento foi de 4,96%.
Alta nos três setores
Em novembro, as vendas no comércio subiram 2%, no melhor resultado desde meados de 2013. O resultado foi afetado pela antecipação das compras de Natal, por isso a alta pode não ser tendência, mas apenas pontual.
A produção industrial voltou a subiu, após forte queda no mês anterior, e cresceu 0,2%, enquanto o setor de serviços teve alta de 0,1%.
Economia fraca tem reflexo na inflação
Apesar do resultado melhor que o esperado, o próprio BC indicou nesta semana que a retomada da atividade econômica deve ser ainda mais demorada e gradual do que o previsto anteriormente.
Nesta semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a inflação fechou 2016 em 6,29%.
A crise econômica foi um dos principais responsáveis pela desaceleração da inflação no ano passado segundo o próprio instituto e especialistas.
Com o desemprego em alta, a renda dos trabalhadores em queda, o consumo caiu bastante. A política fiscal adotada pelo governo, de corte de gastos, também contribui para o desaquecimento da economia.
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
(Com Reuters)
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