Mercado mantém projeção de 0,39% para o PIB e vê inflação menor
Economistas consultados pelo Banco Central mantiveram as estimativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 0,39%. Já a previsão de inflação no final do ano caiu. Os analistas também passaram a prever uma cotação maior para o dólar.
Veja as projeções para 2017 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo BC:
- PIB: foi mantido em 0,39%;
- Inflação: caiu de 3,48% para 3,46%;
- Taxa de juros: foi mantida em 8,5% ao ano;
- Dólar: subiu de R$ 3,32 para R$ 3,35.
A projeção de 3,46% deixaria a inflação abaixo do centro da meta do governo. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos (ou seja, variando de 3% a 6%).
Na última quinta-feira (29), o governo decidiu reduzir a meta de inflação para os próximos dois anos. O objetivo é manter o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) a 4,25% em 2019 e a 4% em 2020, ambas com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Em junho, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado uma prévia da inflação, foi de 0,16%, o menor índice para o mês desde 2006 (-0,15%).
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.
No final do mês passado, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) pela sexta vez seguida. A Selic caiu 1 ponto percentual, para 10,25% ano.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.
Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.
(Com Reuters)
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