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"A crise já acabou e o Brasil está crescendo", diz ministro da Fazenda

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

30/10/2017 09h01

Em entrevista à emissora pública NBR nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a falar da importância das reformas para o país e afirmou que a crise econômica "acabou" no Brasil. 

"Atravessamos a maior recessão da nossa história, uma crise dessa profundidade tem os seus efeitos que se prolongam por um tempo. Mas agora a crise já acabou e o Brasil está crescendo", afirmou. Segundo ele, uma indicação de melhora seria a criação de empregos. "Hoje já temos criados, desde o início do ano, mais de um milhão de empregos", disse. 

De acordo com a última pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego no país foi de 12,6%, em média, no trimestre de junho a agosto, atingindo 13,1 milhões de pessoas. 

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Sobre a reforma trabalhista, que vai entrar em vigor no dia 11 de novembro, Meirelles afirmou que ela deve criar mais de 6 milhões de empregos no país. Para o ministro, "a grande mudança na reforma trabalhista é dar mais poderes para o trabalhador negociar as suas próprias condições de trabalho". 

Meirelles disse ainda que a projeção oficial atual de crescimento da economia no próximo ano é de 2%, mas deverá ser revisada. “Vamos fazer uma revisão proximamente, mas não me surpreenderia se estiver acima de 3% de crescimento para o ano de 2018." 

Previdência em 2017

Perguntado sobre a reforma da Previdência, Meirelles disse que aprovar a reforma em 2018, ano eleitoral, seria difícil. Ele defendeu a aprovação da proposta ainda em 2017.

"Se [a reforma] não for feita agora, será o primeiro desafio do próximo governo”, afirmou, acrescentando que a reforma é importante para manter as condições de crescimento econômico.

Após relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ter negado a existência de deficit previdenciário, o ministro afirmou que não é hora de demagogia ou enganos e que as contas corretas apontam um rombo inequívoco.

"A CPI da Previdência emitiu uma opinião de que não existe deficit, mas ela não comprovou, os números foram calculados de uma forma errada, infelizmente", disse.

Orçamento de 2018

Meirelles afirmou ainda que as medidas que farão parte do Orçamento deste ano ainda estão sendo avaliadas e que elas podem ser enviadas ainda nesta segunda-feira ao Congresso, mas lembrou que dependem de avaliação do presidente Michel Temer, que deve deixar o hospital nesta tarde.

"Várias medidas destas estão sendo levadas ao presidente, eu próprio vou a São Paulo hoje, daqui a pouco, e aí durante o correr do dia nós estaremos avançando nisso", afirmou ele a jornalistas após entrevista à EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

(Com Agência Brasil e Reuters) 

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