Prévia da inflação acelera para 0,21%, mas é a menor para abril em 12 anos
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou para 0,21% em abril, após ficar em 0,1% no mês passado. É a menor taxa para o mês em 12 anos, desde 2006, quando o índice ficou em 0,17%.
- Salário acabou? 10 coisas que fazem o dinheiro sumir
- Se você ganha até R$ 3.557, não deveria pagar IR
- 3 a cada 10 pessoas vendem vale-refeição, diz pesquisa
O que você faz para driblar a crise?
Resultado parcial
Total de 25022 votosEm 12 meses, a prévia acumulada é de 2,8%. O objetivo é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (20).
Gastos com saúde sobem
Todos os tipos de gasto ficaram mais caros na prévia da inflação, exceto os relacionados à comunicação, que caíram 0,15%, puxados pela redução nas tarifas de ligações locais e interurbanas de fixo para móvel, em vigor desde 25 de fevereiro.
Os reajustes nos preços dos planos de saúde (+1,06%) e dos remédios (+0,63%) puxaram as despesas com saúde e cuidados pessoais, item que registrou a maior alta (+0,69%) e teve o maior impacto no índice.
Em 12 meses, os gastos com saúde subiram 5,92%.
Frutas 6% mais caras
Os alimentos, que haviam ficado 0,07% mais baratos em março, subiram 0,15% neste mês. Esse aumento foi influenciado, sobretudo, pelas frutas, que ficaram 6,07% mais caras. Outros produtos que também subiram foram o leite longa vida (4,92%) e a refeição fora de casa (0,73%).
Por outro lado, ficaram mais baratos as carnes (-1,03%), o tomate (-6,85%) e o frango (-3,23%).
Conta de luz subiu 10,2% no RJ
O aumento de 10,2% na conta de luz no Rio de Janeiro refletiu nos gastos gerais com energia elétrica no país, que subiram 1,45% no IPCA-15. Com isso, os gastos com habitação ficaram 0,26% mais caros.
Os reajustes de 9,09% e de 21,46% nas tarifas das concessionárias do estado estão em vigor desde 15 de março.
Inflação abaixo da meta em 2017
A inflação fechou 2017 em 2,95% e ficou abaixo do limite mínimo da meta do governo pela primeira vez na história. Foi a menor inflação anual desde 1998 (1,65%).
No início deste ano, o atual presidente do banco, Ilan Goldfajn, enviou carta ao então ministro Henrique Meirelles dizendo que a meta não foi cumprida no ano passado devido à queda nos preços dos alimentos, após safras recordes. A carta é uma exigência em caso de descumprimento da meta de inflação.
Expectativa em 2018
A expectativa de analistas consultados pelo Banco Central é que a inflação termine 2018 em 3,48%, dentro do limite da meta deste ano.
Com o crescimento de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2017, o país começa a sair do buraco, após a economia encolher 3,5% tanto em 2016 quanto em 2015. Mas a recuperação é lenta e, segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a economia vai demorar pelo menos dois anos para chegar ao nível de antes da crise.
Juros X Inflação
Os juros são usados pelo BC para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, como agora, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
No mês passado, o Comitê de Política Monetária do BC (Banco Central) decidiu cortar a taxa de juros pela 12ª vez seguida, de 6,75% para 6,5% ao ano, menor nível da história (O Copom foi criado em 1996).
Metodologia
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.