SP tem bike que pode ser deixada em qualquer lugar por R$ 1 a cada 15 min
São Paulo passa a ter, a partir desta quinta-feira (2), um novo sistema de compartilhamento de bicicletas, com preço de R$ 1 a cada 15 minutos de uso. A novidade é que os usuários podem pegar e deixar as bikes em qualquer lugar da cidade, sem necessidade de nenhum ponto fixo de entrega.
O sistema é diferente do existente até então na capital paulista, o Bike Sampa, operado pelo banco Itaú, no qual as bicicletas precisam ser retiradas e deixadas em locais específicos, presas às estações que existem em só alguns bairros.
O aluguel de bicicletas sem estações (“dockless”) é lançado pela empresa Yellow, que recebeu investimentos de R$ 50 milhões. Os criadores são Eduardo Musa, ex-presidente da fabricante Caloi, e os empreendedores Ariel Lambrecht e Renato Freitas. Os dois são cofundadores do aplicativo 99 Táxis, vendido à chinesa Didi Chuxing no início do ano e considerado o primeiro “unicórnio” brasileiro (start-ups que valem mais de US$ 1 bilhão).
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O modelo já existe na Europa e nos Estados Unidos e é popular na China.
Aplicativo
A Yellow também vai funcionar via aplicativo, disponível para Android e iOS. O usuário pode encontrar uma bike na rua ou localizar a mais próxima por um mapa no aplicativo. Carrega créditos de R$ 5 a R$ 40 e usa o app para ler o código de barras QR na parte de trás da bicicleta e destravar o cadeado. Quando terminar de usar a bike, o usuário pode deixá-la em qualquer lugar onde o estacionamento de veículos seja permitido e onde não atrapalhe os pedestres. Para finalizar o uso, a trava do cadeado é manual.
Nesta quinta, a empresa começa uma operação piloto, em parceria com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, colocando 500 bicicletas nas ruas nas regiões da avenida Faria Lima e da Vila Olímpia, na zona oeste da cidade. A meta é chegar a 20 mil ainda neste ano, em novembro. “Estimamos que para cobrir a demanda de São Paulo são necessárias 120 mil bicicletas. Nosso plano é chegar a 100 mil já em 2019”, afirmou Musa.
A ideia é que as bikes da Yellow sejam usadas não para deslocamentos longos, mas para pequenas distâncias, de 1 ou dois quilômetros, complementando o transporte público. Por exemplo, para ir de casa à estação de metrô, ou da saída do metrô ao ponto de ônibus.
Bike antifurto
Segundo Lambrecht, como as bicicletas podem ser deixadas em qualquer lugar, elas foram desenhadas com várias características para evitar roubos. Todas são equipadas com GPS e rastreadas o tempo todo, assim como conectadas à internet.
O quadro é feito de aço, material menos visado por ladrões pela dificuldade de ser vendido. Parafusos, porcas e o selim também são antifurto, e quando alguém tenta retirá-los um alarme é acionado, e a central da Yellow é informada.
Além disso, as bicicletas são simples, sem marchas, e o material é resistente para uso intenso, de acordo com Lambrecht. Os pneus são maciços, ou seja, não possuem câmara de ar, o que os torna resistentes a furos.
Há também uma cestinha para colocar bolsa ou mochila, equipada com painel solar. Desse painel vem a energia elétrica que mantém o cadeado eletrônico funcionando.
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