Previdência e privatizações devem dominar discurso do governo em Davos
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem reafirmar na próxima semana, durante a participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), que o Brasil é uma democracia vibrante e que não medirão esforços para que os mercados funcionem adequadamente.
Assessores econômicos declararam que o discurso de Guedes será centrado em três pilares: reforma da Previdência, reforma do Estado e privatizações. A reforma da Previdência é considerada pelo governo como essencial para ajustar as contas públicas.
"Ele detalhará que a reforma tem várias faces. Entre elas, o combate de privilégios, as diferenças entre previdência e assistência social, além de mostrar que as alterações demográficas trazem um novo desafio para o país", disse um assessor.
Além dos discursos aos investidores, Guedes participará de reuniões com executivos do FMI (Fundo Monetário Internacional), da OMC (Organização Mundial do Comércio) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Além disso, terá um encontro privado com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e com presidentes de empresas de infraestrutura, tecnologia e energia, de fundos de investimento e de fundos soberanos.
Privatizações e reforma do Estado: mais competitividade
O segundo pilar, detalhou o técnico da equipe econômica, é a agenda de privatizações, concessões e ativos imobiliários que serão ofertados ao mercado. Como o UOL antecipou, o governo pretende leiloar pelo menos 49 projetos de infraestrutura somente em 2019.
O terceiro pilar do discurso de Guedes, afirmou o assessor econômico, é o da reforma administrativa. "Isso leva em conta a modernização do Estado, com um governo digital, com enxugamento da máquina pública e, sobretudo, a diminuição da participação do Estado na economia. Os Alpes suíços também ouvirão que queremos tirar o Estado do cangote do empreendedor brasileiro", disse.
Escolhas erradas no passado
O ministro da Economia também dedicará parte das conversas em Davos para explicar que o Brasil, uma das economias que mais crescia até 1970 juntamente com o Japão, fez escolhas erradas.
"Ele mostrará que a armadilha do baixo crescimento se deu estratégia de que o governo é o motor do desenvolvimento. E isso nos levou ao protecionismo, à inflação alta e ao crescimento da dívida", afirmou.
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