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Produção industrial sobe pelo 2º ano seguido e fecha 2018 com alta de 1,1%

Do UOL, em São Paulo

01/02/2019 09h11

A produção industrial no país fechou 2018 com crescimento de 1,1% na comparação com o ano anterior. Foi o segundo resultado positivo seguido, mas mostrou desaceleração em relação ao registrado em 2017, quando a alta havia sido de 2,5%, após três anos de queda. 

Na comparação mensal, a indústria registrou em dezembro variação positiva de 0,2% em relação a novembro. Em relação a dezembro de 2017, a produção caiu 3,6%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, apesar de a taxa ter sido positiva no acumulado do ano, a indústria perdeu ritmo nos últimos meses de 2018. 

"Atividades como alimentos, metalurgia e bebidas, que mostraram comportamento positivo no início do ano, perderam intensidade ao longo dos meses", afirmou Macedo.

Setor de veículos puxou alta

Segundo o IBGE, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, foi o que exerceu a maior influência no resultado da indústria em 2018, com alta 12,6% no ano.

Ajudaram no desempenho da indústria também os ramos de metalurgia (4%) e de celulose, papel e produtos de papel (4,9%). 

"Embora tenha perdido intensidade nos últimos meses do ano, o setor automobilístico, em 2018, foi especialmente favorecido pela maior demanda do mercado argentino", disse o gerente da pesquisa. 

Já os setores de alimentos (-5,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,3%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-2,3%) tiveram queda em 2018, segundo o IBGE. 

Greve, crise na Argentina e eleições

O ano passado foi marcado pela greve dos caminhoneiros, um mercado de trabalho fraco, crise na Argentina e instabilidade no período eleitoral, fatores que afetaram a indústria brasileira ao longo do ano.

A mais recente pesquisa Focus do Banco Central mostra que os economistas esperam em 2019 uma expansão da indústria de 3,04%, indo a 3% em 2020.

(Com Reuters)

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