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Governo quer mudança no BPC e na pensão para policiais federais, diz Joice

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

24/06/2019 14h10Atualizada em 24/06/2019 16h39

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que o governo vai trabalhar por mudanças no parecer da reforma da Previdência sobre o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com doenças raras e sobre o pagamento integral da pensão por morte de policiais federais --ponto alterado no texto enviado ao Congresso.

O anúncio das mudanças, afirmou, deverá ser feito pelo porta-voz da Presidência da República até terça-feira (25). A afirmação foi feita em entrevista após Joice se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, ministros e outras lideranças no Palácio do Planalto.

A líder, contudo, chamou as alterações de "pequenas mudanças" que causam impacto negativo e disse que, no "estica e puxa" das contas que está sendo feito pelo Executivo --comandado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho,-- o governo trabalha para alcançar a economia original que pretendia com a reforma, de R$ 1,1 trilhão em dez anos.

Sem dar detalhes, Joice afirmou que a economia que o governo poderá ter com a medida provisória de combate às fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) --sancionada pelo presidente na semana passada-- poderá chegar a R$ 200 bilhões. Esse número é o dobro do originalmente apresentado pelo governo, uma economia de R$ 100 bilhões no mesmo período.

"Já houve o acréscimo de alguns bilhões de reais, estamos perto de R$ 1 trilhão", disse Joice.

Joice acrescentou que mudanças no sistema previdenciário de estados e municípios só deverão ser possíveis no plenário. "Muitos governadores querem [ser incluídos na reforma], mas não querem assumir o desgaste. Eles querem que a gente resolva o problema", disse.

A líder afirmou que o governo vai trabalhar para garantir a votação na comissão nesta semana e no plenário, na próxima. Ela disse que quer garantir uma margem de uma semana de votação da proposta antes do início do recesso. "Estamos contando [com] terminar tudo uma semana antes do recesso", afirmou.

Joice disse ainda que não vai cravar o número de votos que o governo terá na votação da reforma, mas avaliou que, com as mudanças, deverá ter pelo menos de 10% a 15% do que se esperava. A proposta de emenda à comissão da reforma, para ser aprovada em plenário, tem de ter pelo menos 308 dos 513 votos em dois turnos de votação.

(Com Reuters)

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