BC: Juro do cheque especial cai a 320,9%; rotativo do cartão sobe a 299,8%
Os juros do cheque especial caíram em maio, na comparação com abril, mas subiram em relação a maio de 2018. No caso do rotativo do cartão de crédito, os juros fizeram o movimento inverso: subiram na comparação com abril e caíram em relação a maio do ano passado.
Com isso, os juros nos dois tipos de crédito seguem em patamar elevado, por volta dos 300% ao ano. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país (Selic) está em seu menor patamar histórico, a 6,5% ao ano.
Em média, os juros do rotativo passaram de 298,6% em abril para 299,8% no mês passado. Em maio de 2018, a taxa média era de 302,7% ao ano. No cheque especial, os juros baixaram de 323,3% em abril para 320,9% no mês passado. Em maio de 2018, era de 311,9% ao ano.
Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Confira a variação das modalidades de crédito de abril para maio:
- Rotativo do cartão de crédito: subiu de 298,6% para 299,8% ao ano
- Cartão de crédito parcelado: subiu de 170,8% para 174,1% ao ano
- Cheque especial: caiu de 323,3% para 320,9% ao ano
- Crédito pessoal não-consignado: caiu de 127,1% para 120,1% ao ano
- Crédito pessoal consignado: caiu de 23,4% para 23,2% ao ano
- Compra de veículos: caiu de 21,3% para 21,1% ao ano
- Financiamento imobiliário: mantida em 7,8% ao ano
Cheque especial
Desde julho do ano passado, quem usar mais de 15% do limite do cheque especial por 30 dias seguidos deve ter acesso a uma linha de crédito mais barata para parcelar o valor.
A medida foi anunciada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) em abril de 2018. A entidade diz que cada banco pode definir qual alternativa oferecer.
Novas regras do cartão
Em relação ao uso do cartão, o consumidor pode usar o rotativo por, no máximo, 30 dias. Após esse período, o banco deve apresentar uma proposta mais vantajosa para o cliente, como o crédito parcelado, no qual o cliente define o número de prestações na hora da contratação. Nesse caso, os juros são mais baixos que no rotativo, mas ainda assim, altos.
Antes, se o consumidor não pagava o valor total da fatura do cartão de crédito, a dívida era jogada para o mês seguinte, por meio do chamado crédito rotativo. Isso acontecia mês a mês, sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, transformando a dívida numa "bola de neve".
Veja as variações dos juros do rotativo do cartão
Para quem pagou o valor mínimo da fatura: 279,9% ao ano:
- alta na comparação com abril (278%)
- alta em relação a maio de 2018 (242,6%)
Para quem não pagou nem o valor mínimo da fatura: 314% ao ano:
- alta na comparação com abril (313,6%)
- queda em relação a maio de 2018 (345,2%)
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