'Prévia' do PIB sobe 0,54% em maio; em 12 meses, cresce 1,31%, diz BC
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 0,54% em maio, na comparação com abril, informou o Banco Central. É o primeiro avanço após quatro meses seguidos de queda.
Na comparação com maio do ano passado, quando houve a greve dos caminhoneiros, o índice teve avanço de 4,4%. No acumulado de 12 meses, o IBC-Br registrou crescimento de 1,31%.
A "prévia do PIB" avançou em maio, compensando parte da perda de 1,6% acumulada nos quatro meses anteriores, segundo a consultoria Rosenberg Associados. "O bom resultado corrobora a expectativa de leve crescimento do PIB no segundo trimestre do ano", afirmou, em nota.
Para o Bradesco, os indicadores de atividade econômica de maio sugerem crescimento de 0,2% do PIB no segundo trimestre.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB do Brasil teve recuo de 0,2% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2018, na primeira queda trimestral desde o fim de 2016.
Indústria e comércio em baixa
Em maio, a produção da indústria brasileira recuou 0,2%, e continuou mostrando instabilidade do setor. As vendas no varejo frustraram as expectativas e recuaram 0,1% sobre abril, mas o setor de serviços surpreendeu positivamente ao mostrar estabilidade.
Sem conseguir engatar um ritmo mais forte, a economia brasileira ainda tem cerca de 13 milhões de desempregados, com números recordes de desalentados e subutilizados.
Governo reduz previsão de crescimento do PIB
No final da semana passada, o governo cortou sua projeção para o crescimento da economia este ano a 0,81%, sobre 1,6% anteriormente. Também passou a ver elevação de 0,3% no segundo trimestre sobre o trimestre anterior, com ajuste sazonal.
Nesta segunda-feira (15), a pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas mostrou que a estimativa para a atividade neste ano agora é de crescimento de 0,81%, indo a 2,1% em 2020.
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
(Com Reuters)
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