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Países do G7 buscam ações contra efeitos da covid-19 no crescimento global

Frederic J. Brown/AFP
Imagem: Frederic J. Brown/AFP

Da RFI

03/03/2020 10h04

Representantes de Bancos Centrais e ministros das Finanças dos países do G7 conversam hoje por telefone para coordenar ações diante do impacto do novo coronavírus no crescimento mundial, já fragilizado pela guerra comercial entre China e Estados Unidos.

A intervenção é atípica, porque os Bancos Centrais normalmente reagem a crises financeiras e não a epidemias com consequências incertas.

A crise da covid-19 paralisa uma boa parte da economia de dezenas de países, principalmente a China, levando ao fechamento de fábricas, escolas, suspensão de voos, conferências e salões.

Segundo a OCDE, a economia mundial não deve crescer mais que 2,4% este ano. Este índice era de 2,9% antes da epidemia, o mais baixo desde a crise financeira de 2008-2009.

Analistas preveem diversas hipóteses de ações para conter a retração do crescimento: baixa das taxas aplicadas aos depósitos dos bancos, aumento do ritmo mensal de compras de ativos e empréstimos gigantes aos bancos com condições favoráveis.

Semana passada, a Bolsa de Nova York viveu a pior semana desde a crise financeira de 2008. Mas Wall Street se recuperou ontem, com a expectativa do anúncio de que as autoridades monetárias empreenderiam ações coordenadas para diminuir o impacto econômico da epidemia.

Coronavírus liga alerta pelo mundo

Crise do setor do automóvel

Um dos setores atingidos pela crise do coronavírus é o automobilístico. A Federação Italiana de Concessionárias de Automóveis (Federauto) anunciou que as vendas de carros nas zonas onde há foco da doença na Itália estão recuando, em um mercado desaquecido há meses e que já apresentava uma queda de 8,8% em fevereiro.

A baixa nas vendas é mais representativa nas regiões afetadas pela covid-19. Na região da Lombardia, principal foco da doença no país, com dez cidades em quarentena, a compra de carros caiu 20,9%. Em Vêneto, outra região atingida, a queda foi de 19,54%, e em Emilia Romagna, de 19,56%.

Nessas regiões, "as dificuldades de locomoção e as restrições impostas às atividades das empresas, comerciais e sociais levaram a uma redução dramática das vendas", segundo a Federauto.

O número de casos de contaminações pelo coronavírus chegou a 90.914 em 76 países, 80.151 só na China, segundo balanço da AFP. Mais de 3.000 pessoas morreram.

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