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Governo anuncia medida que facilita negociar dívidas; bancos estendem prazo

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 12h36Atualizada em 18/03/2020 18h42

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta segunda-feira (16), em reunião extraordinária, uma medida para facilitar a renegociação de dívidas de famílias e empresas que são consideradas boas pagadoras. Outra medida libera até R$ 637 bilhões para os bancos oferecerem em crédito.

Segundo o Banco Central, as medidas têm o objetivo de apoiar a economia brasileira durante o enfrentamento da pandemia do coronavírus. Nos dois casos, os bancos ficam liberados a renegociar as dívidas e a conceder mais crédito, mas cabe a eles aderir às medidas ou não.

Logo após o anúncio do BC, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota afirmando que os cinco maiores bancos brasileiros aceitarão prorrogar por 60 dias o vencimento de dívidas, para famílias e para micro e pequenas empresas, desde que os pagamentos estejam em dia.

Procurados pelo UOL para dar mais detalhes sobre como funcionará essa renegociação, os bancos Bradesco e Banco do Brasil informaram que estavam trabalhando nos procedimentos que serão adotados para implementar as medidas. Os bancos Itaú Unibanco, Santander e Caixa não responderam até as 18h desta segunda-feira (16).

BC fala em R$ 3,2 tri em dívidas negociáveis

"Estima-se que aproximadamente R$ 3,2 trilhões de créditos sejam qualificáveis a se beneficiar dessa medida, cuja renegociação dependerá, naturalmente, do interesse e da conveniência das partes envolvidas", disse o BC.

"O efeito prático e conjunto destas medidas é uma melhora das condições de liquidez do SFN [Sistema Financeiro Nacional] em torno de R$ 135 bilhões, o que irá contribuir, nesse momento, para suavizar os efeitos da Covid-19 sobre a economia brasileira", afirmou o BC.

O BC destacou ainda que continuará monitorando a atividade econômica "e não hesitará em usar todo o seu arsenal para assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento dos mercados".

(Com agências)