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Centrais sindicais criticam medidas de Guedes para combater coronavírus

Do UOL, em São Paulo

17/03/2020 11h31

As centrais sindicais divulgaram uma nota orientando as entidades a não realizarem atos no Dia Nacional de Lutas, que acontece amanhã, para evitar a disseminação do novo coronavírus, mas reafirmaram a importância da data, com paralisações, greves e protestos virtuais.

As organizações criticaram o plano apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, dizendo que ele vai "na contramão das medidas adotadas pelos países mais afetados pelo coronavírus para combater a pandemia e proteger as economias locais."

"Propõe acelerar a aprovação das reformas neoliberais, em tramitação no Congresso, que enfraquecem ainda mais os serviços públicos, retiram direitos dos trabalhadores e fragilizam o Estado para enfrentar uma crise econômica mundial. O momento que atravessamos não tem precedentes na história recente", acrescentam.

Elas também relembraram o momento em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interagiu com manifestantes a favor de seu governo, no último domingo, contrariando recomendações do Ministério da Saúde sobre aglomerações.

"O presidente Jair Bolsonaro, em vez de liderar as medidas de combate e prevenção à propagação do vírus, sai de um confinamento médico, desrespeitando todas as determinações das autoridades de saúde mundiais, para fomentar e participar de atos públicos pelo país que têm como pauta o ataque à democracia e a defesa da intervenção militar no Brasil, em desrespeito a toda a população brasileira e suas instituições."

As centrais pedem, entre outros, a suspensão do teto de gastos, "a fim de garantir os investimentos públicos necessários para fortalecer os serviços públicos, especialmente a saúde e a proteção social" e garantia de estabilidade para os trabalhadores no período de crise.

A nota é assinada por representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), UGT (União Geral dos Trabalhadores), CSP-Conlutas, Central da Classe Trabalhadora, Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

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