'Prévia do PIB' avança 0,35% em fevereiro, antes dos efeitos do coronavírus
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), teve alta de 0,35% em fevereiro, na comparação com janeiro, antes dos efeitos do coronavírus na economia. Em relação a fevereiro de 2019, o indicador avançou 0,6%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IBC-Br ficou em 0,66%. As informações foram divulgadas hoje pelo Banco Central.
O índice positivo ocorreu após três taxas negativas, inclusive a forte revisão do dado de janeiro, de alta de 0,24% para queda de 0,007%.
Também foi melhor do que a expectativa em pesquisa da agência de notícias Reuters, de avanço de 0,2%.
Em fevereiro, a produção industrial subiu pelo segundo mês seguido, um ganho de 0,5% sobre janeiro, mas alguns segmentos já deram os primeiros sinais das consequências da pandemia de coronavírus.
O setor de varejo por sua vez surpreendeu e registrou alta de 1,2% das vendas em fevereiro, no melhor resultado para o mês em quatro anos.
Por outro lado, o volume de serviços do Brasil apresentou no mês a queda mais acentuada em mais de um ano, de 1%.
Efeitos do coronavírus
Os indicadores de atividade no país devem em breve começar a registrar as consequências provocadas pelas paralisações e interrupções de cadeias devido à pandemia do coronavírus no Brasil.
A economia brasileira vem lidando com suspensão de funcionamento de várias empresas, cancelamentos de eventos e restrição de circulação de pessoas devido ao vírus.
Economistas de instituições financeiras consultados pelo BC no Boletim Focus já preveem uma queda no PIB próxima a 2% em 2020.
A estimativa do mercado financeiro é mais pessimista que a do próprio BC, que projeta um PIB próximo a zero neste ano. Mas autoridades da equipe econômica, como o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já admitem que o desempenho deverá ser negativo.
O Fundo Monetário Internacional projetou hoje que a economia brasileira deve encolher 5,3% este ano, estimativa um pouco mais pessimista do que a do Banco Mundial, de recuo de 5% do PIB.
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2019, a economia brasileira teve crescimento de 1,1%.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
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