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Governo diz que 5,4 mi de empregos foram mantidos e vê reação da economia

Secretário deu números sobre o programa de auxílio a trabalhadores com carteira assinada - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Secretário deu números sobre o programa de auxílio a trabalhadores com carteira assinada Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

05/05/2020 12h56

Após os pagamentos para trabalhadores que tiveram salários reduzidos começarem ontem, o Ministério da Economia afirmou hoje que o programa já garantiu a manutenção de mais de 5 milhões de empregos no país. A informação foi dada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, que já enxerga uma retomada da economia.

"A adesão está alta, 5,4 milhões de empregos já estão garantidos", disse Bianco em entrevista à Globonews. Na última sexta-feira (01), o secretário já havia afirmado que o objetivo do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (BEm) é chegar a até 25 milhões de empregos mantidos.

O programa é diferente do auxílio emergencial de R$ 600 a informais, que já estava sendo pago, e é voltado para trabalhadores com carteira assinada. Os que começaram a receber ontem foram os primeiros a firmarem acordos de suspensão do contrato de trabalho por dois meses e de redução da jornada. O acordo tem que ter sido feito há pelo menos 30 dias para que os pagamentos se iniciem.

"O Brasil é um ponto fora da curva (em relação ao mundo). O Brasil não está demitindo muito, está conseguindo manter empregos. Isso facilita nossa retomada e é muito bom do ponto de vista social", comentou Bianco.

O secretário garantiu que a economia parece já reagir porque o número de solicitações por suspensão dos contratos de trabalho tem diminuído, enquanto os para redução de jornada aumentam.

"Temos uma redução da suspensão. Os efeitos foram muito drásticos num primeiro momento e agora já começam a diminuir. Estamos tendo cada vez mais menos suspensões e mais reduções, o que mostra que a economia já está começando a reagir", afirmou.

Menores sofrem mais

Outro dado do programa evidencia que os pequenos empresários estão sofrendo mais com os efeitos da pandemia do coronavírus. Do total de empresas que pediram o auxílio aos seus funcionários, 56% são de menor porte, com faturamento anual abaixo de R$ 4,8 milhões. Mais de 3 milhões de trabalhadores dessas empresas aderiram ao programa.

Para Bianco, isso acontece porque empresas maiores podem lançar mão de outras opções oferecidas pelo governo, como a busca por crédito para manter os pagamentos e os empregos.

"Temos um conjunto de outras medidas que estão disponíveis para as empresas maiores. Elas dão opções para várias empresas, que são mais estruturadas, antes de lançar mão da redução de jornada, de usar outras ações. Temos muitas medidas de crédito", explicou o secretário.

"As grandes estão buscando crédito e as pequenas estão lançando mão da suspensão (do contrato de trabalho)", concluiu Bianco.