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Dólar emenda terceira queda e é vendido a R$ 5,153; Bolsa sobe 0,67%

Do UOL, em São Paulo*

23/06/2020 17h12

O dólar comercial emendou hoje (23) a terceira queda seguida e fechou com desvalorização de 2,26%, cotado a R$ 5,153 na venda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,67%, a 95.975,16 pontos.

Ontem (22) a moeda norte-americana tinha caído 0,87%, vendida a R$ 5,272, enquanto a Bolsa havia fechado em baixa de 1,28%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Retomada da atividade econômica

A forte queda do dólar reflete o clima otimista no exterior, em meio a sinais de recuperação da atividade. Segundo Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, o movimento desta terça-feira reflete uma mudança em relação à aversão a risco vista ontem.

"Hoje há uma redução desse movimento, é um dia melhor. Os dados de atividade da Europa vieram bons, mais fortes do que se esperava, e as economias seguem reabrindo", afirmou.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) divulgada hoje mostrou que a contração histórica da economia da Zona do Euro diminuiu de novo este mês, depois que reabriram várias empresas que haviam sido forçadas a fechar as portas para conter a disseminação do coronavírus.

Na visão do analista Milan Cutkovic, da AxiCorp, investidores parecem menos preocupados com o aumento de novas infecções por coronavírus em todo o mundo. "Embora o aumento em novos casos seja um pouco preocupante, o risco de um segundo bloqueio é visto como baixo", afirmou.

Alívio nas relações entre EUA e China

Nesta terça, o pacto comercial entre Estados Unidos e China voltou a ganhar força, o que animou o mercado.

O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou no Twitter que o acordo está "totalmente intacto". O assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, voltou atrás em suas declarações de que o pacto estaria "acabado", dizendo que seus comentários foram tirados do contexto.

Ata do Copom

No Brasil, a atenção estava na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que o Banco Central avaliou que a atividade econômica brasileira atingiu o fundo do poço em abril e disse que o país já estaria próximo do limite efetivo mínimo para a taxa básica de juros.

A redução da Selic a mínimas históricas é apontada por analistas como fator de impulso para o dólar, uma vez que torna rendimentos locais atrelados aos juros básicos menos atraentes. Outros aspectos que favorecem a busca por segurança são as incertezas políticas e econômicas no Brasil, que podem ser ainda mais agravadas caso haja uma segunda onda global de infecções por Covid-19.

*Com Reuters

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.