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Banco do Brasil nega irregularidade na venda de dívidas atrasadas ao BTG

Agência do Banco do Brasil em Ibiraiaras (RS) - Reprodução
Agência do Banco do Brasil em Ibiraiaras (RS) Imagem: Reprodução

Antonio Temóteo

Do UOL, em Brasília

28/07/2020 17h06Atualizada em 28/07/2020 17h57

O Banco do Brasil distribuiu uma nota à imprensa nesta terça-feira (28), negando irregularidades numa operação com o banco BTG Pactual. O BB está sendo criticado por partidos políticos e sindicatos por supostamente vender barato demais uma carteira de crédito. A carteira tem R$ 2,9 bilhões em dívidas vencidas e foi vendida por R$ 371 milhões.

Uma carteira de crédito com dívidas vencidas reúne um grupo de devedores (pessoas ou empresas) que não pagam seus débitos já há algum tempo. O banco original, cansado de não receber, pode querer se livrar disso. Um banco pode comprar esses créditos para tentar receber essa dívida, com lucro.

Para isso, o valor pago na operação sempre é menor: o banco que vende fica com dinheiro na mão. O banco que compra aposta em cobrar judicialmente dos devedores e ganhar mais do que pagou. Em 1º de julho, o BB comunicou ao mercado essa operação com o BTG.

Segundo o BB, as dívidas repassadas ao BTG estavam vencidas havia mais de seis anos. Do total, 98% foram lançadas no balanço do banco público como prejuízo, sem a possiblidade de recuperação do dinheiro.

A instituição financeira também informou que muitas das dívidas se transformaram em ações de cobrança na Justiça. O banco recorre ao Judiciário quando deixa de receber parcelas de um empréstimo e não há renegociação para quitação do financiamento.

Além disso, o BB informou que realizou uma concorrência que contou com a participação de quatro empresas para vender a carteira de crédito com dívidas vencidas. O vencedor, segundo a instituição financeira, apresentou a maior oferta.

O BB ainda pode receber mais recursos caso o BTG faça recuperação de parte do dinheiro. Toda a operação de venda das dívidas também foi avaliada por uma consultoria externa, informou o banco público.

Procurado, o BTG informou que não comentará o caso.