Bolsonaro deve confirmar auxílio de R$ 300 em reunião com parlamentares
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve confirmar amanhã o valor de R$ 300 das parcelas da prorrogação do auxílio emergencial criado durante a pandemia da covid-19, apurou o UOL. O presidente marcou um encontro com líderes da base do governo no Congresso Nacional para tratar do assunto pela manhã no Palácio da Alvorada.
As cinco parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 acabaram em agosto e o governo planeja estender o benefício, em valor menor, até dezembro. O pagamento do auxílio turbinou a popularidade de Bolsonaro e ele defende o valor de R$ 300. A equipe econômica, por outro lado, deseja um valor menor, entre R$ 200 e R$ 270.
Publicamente, Bolsonaro ainda não cravou um valor para as novas parcelas do auxílio. Portanto, a expectativa dos líderes é que o faça amanhã.
Prioridades além do auxílio
Além do auxílio emergencial, o presidente e os líderes discutirão as prioridades do governo no Parlamento para até o final do ano. Segundo um líder governista, o foco será aprovar a proposta do Orçamento de 2021 e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Pacto Federativo, possivelmente com o programa Renda Brasil incorporado.
Por meio do Renda Brasil, o governo busca unificar o Bolsa Família com outros benefícios, como o próprio auxílio emergencial, e criar uma marca da gestão Bolsonaro. A PEC do Pacto Federativo será relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC).
O governo só tem quatro meses até o final do ano, e tem de considerar as eleições municipais previstas para novembro. Por mais que não sejam eleitos senadores ou deputados, estes costumam fazer campanha para aliados nas bases eleitorais, o que pode atrasar um pouco a tramitação de pautas no Congresso.
O convite de Bolsonaro aos líderes para a reunião foi visto com bons olhos pelos parlamentares, especialmente do centrão, que agora ampliam a base do governo nas Casas Legislativas. Isso porque o gesto abre a possibilidade de os assuntos serem discutidos melhor antes de serem revelados ao público e de surfarem mais na popularidade causada pelo auxílio emergencial.
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