Prévia da inflação fica em 0,78% em janeiro, a maior para o mês desde 2016
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), acelerou 0,78% em janeiro, após ficar em 1,06% em dezembro. É o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o índice foi de 0,92%. Em janeiro de 2020, a taxa foi de 0,71%.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Alimentos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em janeiro. O maior impacto veio de Alimentação e bebidas (1,53%), que desacelerou em relação a dezembro (2%).
Segundo o IBGE, a desaceleração ocorreu principalmente por conta dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 2,57% em dezembro para 1,73% em janeiro. As carnes (1,18%), o arroz (2,00%) e a batata-inglesa (12,34%) apresentaram altas menos intensas na comparação com o mês anterior.
Já as frutas subiram 5,68%, frente à alta de 3,62% no mês anterior, e contribuíram com o maior impacto entre os itens pesquisados.
Conta de luz
A energia elétrica, que passou de uma alta de 4,08% em dezembro para 3,14% em janeiro, foi o item que, individualmente, mais impactou o indicador.
Em janeiro, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, em que há acréscimo de R$ 1,34 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em dezembro, estava em vigência a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos.
No grupo Habitação, o segundo maior impacto veio do gás de botijão (2,42%), que teve alta pelo oitavo mês consecutivo.
Transporte
No grupo de Transportes, que é o segundo com maior peso no indicador, houve desaceleração de 1,43% em dezembro para 0,14% em janeiro.
De acordo com o instituto, isso ocorreu tanto pela queda nos preços das passagens aéreas (-20,49%) quanto pela alta menos intensa da gasolina, que passou de 2,19% em dezembro para 0,95%.
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.
Na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano, o menor patamar desde o início da série histórica, em 1996.
Metodologia
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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