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'Prévia do PIB' sobe 0,44% em abril, mas acumula queda de 1,2% em 12 meses

O mês de abril reflete impactos da segunda onda da covid-19 na economia brasileira - Getty Images/iStockphoto
O mês de abril reflete impactos da segunda onda da covid-19 na economia brasileira Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo*

14/06/2021 09h08Atualizada em 14/06/2021 10h31

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 0,44% em abril, na comparação com março. Em relação a abril do ano passado, quando comércios e serviços estavam fechados por causa da chegada do coronavírus no país, houve alta de 15,92%.

No ano, o IBC-Br acumula alta de 4,77%. Em 12 meses, o indicador tem queda de 1,2%. Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central. Em março, o indicador recuou 1,61%, segundo dado revisado.

O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas de mercado consultados em uma pesquisa da agência de notícias Reuters, que esperavam avanço de 0,55%.

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica.

Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril de 2020. Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas. Em março, a atividade econômica recuou, mas em abril ela voltou a avançar.

De março para abril de 2021, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,04 pontos para 139,65 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (141,31 pontos).

IBC-Br

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

(*Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters)