Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Guedes cancela participação em evento após demissões de secretários

Foto de arquivo de 5 de fevereiro de   2021 do ministro da Economia, Paulo  Guedes - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Foto de arquivo de 5 de fevereiro de 2021 do ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

21/10/2021 19h39

Após pedido de demissão de secretários, ocorrido na tarde de hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou de última hora a participação que faria em evento virtual da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). O anúncio foi confirmado no site do Ministério da Economia.

O evento estava previsto para ocorrer às 19h (horário de Brasília). Até por volta das 18h, o perfil oficial da CBIC nas redes sociais ainda anunciava a participação do ministro do governo Bolsonaro na palestra.

Quatro secretários que integravam a equipe de Guedes pediram demissão, conforme apuração da colunista Carla Araújo, do UOL. Foram eles: secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial-adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo.

Os quatro informaram razões pessoais, segundo o ministério. "Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro [Paulo Guedes] pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país", diz a pasta.

As demissões acontecem após a confirmação de que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) planeja uma manobra para driblar o teto de gastos e viabilizar um auxílio social de R$ 400 até o final de 2022, ano em que Bolsonaro tentará a reeleição.

Na última terça-feira (19), Funchal e Bittencourt já haviam ameaçado se demitir, segundo fontes do Palácio do Planalto, após o presidente determinar o valor de R$ 400 para o programa social. O governo chegou a marcar um evento de lançamento, mas ele foi cancelado de última hora, após reação negativa do mercado financeiro e da equipe de Guedes.