Dono do BTG Pactual vê Lula eleito hoje e diz que Centrão segura o Brasil
O dono do banco BTG Pactual, André Esteves, disse que se as eleições presidenciais fossem hoje, Lula venceria a disputa por W.O. Em uma gravação de uma conversa com clientes do banco, que foi obtida e divulgada pelo Brasil 247, Esteves também afirmou que o Centrão segura o Brasil.
Para o banqueiro, as forças políticas de centro são as responsáveis por manter a República, evitando radicalismos de direita ou esquerda. "Eu tenho mais respeito por esse centro político do que em geral nós aqui do establishment em São Paulo temos. (...) A gente tende a desprezar um pouco essa turma que flutua pelo centro. Agora, eu não tenho dúvidas, durante 100 anos de história, essa turma que nos manteve republicanos", disse.
Na conversa com os clientes do BTG, André Esteves também comentou sobre as eleições de 2022, novamente valorizando o centro no espectro político. Para ele, se o pleito presidencial acontecesse hoje, Lula venceria, mas não por mérito próprio.
Se a eleição fosse hoje, o presidente Lula ganharia a eleição, mas ganharia por W.O, porque o Bolsonaro endoideceu do Carnaval até o 7 de setembro, então a turma tá meio 'que que é isso?', não apareceu ninguém ainda de centro e o Lula tem um recall ainda muito alto.
André Esteves, dono do BTG Pactual
Ele acredita que vencerá a disputa o candidato que melhor caminhar em direção ao centro entre Bolsonaro e Lula. Na opinião do banqueiro, caso nenhum dos dois ceda no discurso, o espaço pode ficar aberto para um candidato da chamada "terceira via", possivelmente o nome do PSDB, que ainda está indefinido. "Eu estou achando que a eleição no ano que vem vai ser decidida ao centro, não necessariamente por alguém de centro. Aquele candidato que andar ao centro".
Se o Bolsonaro ficar muito doido, não vai ser eleito. Se o Lula for muito esquerdista, também não vai ser eleito.
André Esteves, dono do BTG Pactual
Esteves foi consultado por Campos Neto sobre juros
Ao longo da conversa com os clientes, o dono do BTG Pactual deixou claro sua proximidade com importantes atores políticos no Brasil. Ele relatou, por exemplo, que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a consultá-lo sobre a taxa básica de juros.
"Eu lembro que, quando os juros estavam em, mais ou menos, 3,5%, o Roberto me ligou para perguntar: 'pô, o que você está achando aí, onde você acha que está o lower bound?'. Ai eu disse: 'olha, Roberto, eu não sei onde é que está, mas eu estou olhando pelo retrovisor, porque já passamos por ele'", relatou.
Lower bound é um conceito que se refere ao que seria o valor mínimo para a taxa de juros. Na opinião de Esteves, o ideal para o Brasil seria ficar em torno de 4 ou 5%. Para ele, chegar a 2% foi uma baixa excessiva.
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