Seca e geada afetam produção de laranja, tomate e batata, e preços disparam
A forte estiagem, que atingiu a maior parte do Brasil no primeiro semestre deste ano, e as geadas, que ocorreram entre os meses de julho e agosto em São Paulo e no Paraná, prejudicaram a produção de laranja e, por isso, o preço da fruta disparou no mercado. As informações constam no boletim Prohort, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Porém, de acordo com os técnicos agrícolas do órgão, mesmo com o início das chuvas, os preços da laranja subiram em todas as Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país.
O clima comprometeu a oferta e afetou principalmente a qualidade das frutas nos últimos meses, e o preço da laranja superou o recorde na série histórica dos últimos dois anos em alguns mercados.
A maior alta ocorreu em Fortaleza (CE), onde a média de preço da laranja chegou a R$ 2,42, um aumento de 18,56%. Em Curitiba (PR), a alta foi de 15,68% e a fruta é vendida em média a R$ 2,31. O terceiro maior aumento foi em São Paulo (SP), com 11,83% e preço médio de R$ 2,76.
Marisson Marinho, superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, explicou que esses preços são referentes ao mercado de atacado, nas Ceasas, mas o consumidor deve ficar atento.
"Esses preços terão reflexo para o consumidor final", afirmou. "Agora, é hora de o consumidor diversificar os alimentos [na hora da compra] para aliviar os custos do mês."
Tomate e batata também estão caros
Segundo o estudo, os preços de outros produtos continuam altos, especialmente o tomate e a batata. As condições climáticas adversas em grande parte do país comprometeram o ritmo de colheita, reduzindo a disponibilidade.
Desde junho, a oferta de tomate vem caindo. "As chuvas prejudicaram a colheita, e as temperaturas mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo sua disponibilidade aos mercados", declarou a gerente de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Fraga.
"Com relação à batata, o movimento altista de preços vem ocorrendo desde julho, influenciado também por fatores climáticos que prejudicam a colheita."
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